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Sob pressão dos EUA, palestinos adiam plano de governo único
DA REDAÇÃO
O presidente palestino Mahmoud Abbas, do Fatah, e militantes do Hamas adiaram o debate sobre a formação de um
governo de coalizão. A principal razão é a pressão dos EUA
para que o governo de união reconheça a existência do Estado
de Israel, segundo informaram
autoridades palestinas.
O atraso revela a dificuldade
de Abbas em forçar o Hamas a
suavizar sua ideologia anti-Israel, o que contribuiria para o
fim das sanções econômicas
impostas aos palestinos. As autoridades duvidam que os dois
lados consigam passar superar
suas diferenças.
Enquanto isso, autoridades
israelenses disseram estar progredindo nas negociações para
a libertação de um soldado israelense capturado pelo Hamas há três meses, em Gaza. O
ataque motivou uma ofensiva
israelense na região, o que acabou piorando ainda mais a relação com os palestinos.
Abbas usará o encontro que
terá com o presidente dos EUA
George W. Bush, nesta quarta,
na sede da ONU, em Nova York,
para tentar obter apoio para
postergar a coalizão.
Na reunião, Abbas tentará
convencer Bush de que a alternativa a um governo composto
por Fatah e Hamas é a guerra
civil e pedirá a ele que aceite
uma adoção parcial das demandas internacionais, para permitir que a coalizão seja iniciada,
segundo fontes palestinas.
EUA, União Européia, Rússia
e as Nações Unidas pressionam
o Hamas a renunciar à violência, reconhecer Israel e aceitar
tratados de paz assinados anteriormente, antes que possa ser
restabelecida a ajuda aos palestinos. Abbas, por sua vez, tem
pressionado o Hamas a aceitar
essas condições.
Depois de meses de sanções
econômicas, o Hamas anunciara, na semana passada, que
aceitaria formar um governo de
coalizão com o moderado Fatah, de Abbas.
Cerca de 165 mil funcionários civis do Hamas, que não recebiam salários integrais desde
março, quando o partido islâmico tomou o poder, deverão
ser pagos nos próximos dias. Israel e outros governos deixaram de enviar recursos devido à
linha dura do governo.
A atual plataforma planejada
para a união se mostrou falha
logo após as exigências feitas
pelo Ocidente para restaurar o
envio de dinheiro. Líderes do
Hamas afirmaram que não
mais se comprometerão com o
plano, enfurecendo Abbas, segundo oficiais palestinos.
"Os EUA não estão felizes
nem a Europa. Ninguém está,
mas Abbas está fazendo o melhor para tentar convencê-los",
disse Yasser Abed Rabbo, assessor do presidente palestino.
Com agências internacionais
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