São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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VENEZUELA

Oposição quer renúncia e rejeita mediação internacional para diálogo

Grupo planeja transição pós-Chávez

DA REDAÇÃO

Grupos representantes da oposição venezuelana assinaram ontem um documento com princípios para um governo de transição após a eventual queda do presidente Hugo Chávez, como os opositores desejam.
Com a assinatura do documento, a oposição rejeitou uma declaração elaborada por OEA (Organização dos Estados Americanos), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Centro Carter. Os três organismos tentam servir de mediadores para um diálogo entre governo e oposição.
Essa declaração, que havia sido assinada na véspera pelo governo, prevê "saídas constitucionais" para a crise política. O documento da oposição foi classificado como "golpista" pelos simpatizantes do presidente Chávez.
As principais associações empresarial e sindical do país se preparam para uma greve geral de 12 horas na segunda-feira, para pressionar Chávez a renunciar e convocar eleições antecipadas.
O mandato de Chávez termina em 2007. Ele admite a realização de um referendo sobre sua permanência no cargo a partir de agosto do ano que vem, como determina a Constituição.
A oposição acusa Chávez de tentar implementar na Venezuela um regime comunista de estilo cubano e de adotar políticas que estariam levando o país à bancarrota. Chávez argumenta que está combatendo os privilégios da oligarquia que dominou a Venezuela por décadas e que sofre por isso uma campanha de desestabilização, com o apoio dos grandes grupos de mídia do país.


Com agências internacionais


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