São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2001

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Plano de paz de Sharon traz poucas concessões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A mídia israelense divulgou ontem o plano de paz do líder conservador israelense Ariel Sharon (Likud), grande favorito da eleição para premiê, em 6 de fevereiro: reconhecimento de um Estado palestino, preservação dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos, nenhuma concessão adicional de terras, manutenção da total soberania de Israel sobre Jerusalém, restrição ao retorno dos refugiados.
As idéias de Sharon foram imediatamente rechaçadas pelos palestinos e por seu principal rival na eleição, o premiê Ehud Barak (trabalhista).
O negociador palestino Saeb Erekat qualificou o plano de "uma receita para a guerra". Barak afirmou que o plano não traria a paz e que a população israelense está consciente da necessidade de mais concessões.
As últimas pesquisas de intenção de voto apontam que Barak está cerca de 20 pontos percentuais atrás de Sharon. O total de indecisos, porém, é quase igual à diferença entre os dois.
Apesar das divergências, as negociações entre Israel e palestinos continuaram. O chanceler israelense, Shlomo Ben Ami, afirmou crer na possibilidade de um acordo antes do pleito. O líder palestino Iasser Arafat convidou Israel para uma "maratona" de negociações para forjar um tratado antes da escolha do novo premiê.
Barak, num discurso de campanha, disse ontem que pretende dar à Cidade Velha de Jerusalém "uma autoridade especial que garantirá liberdade de acesso" a todos os locais santos. O Muro das Lamentações, o bairro judeu e o Monte das Oliveiras permaneceriam sob soberania israelense.



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