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Plano de paz de Sharon traz poucas concessões
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A mídia israelense divulgou ontem o plano de paz do líder conservador israelense Ariel Sharon
(Likud), grande favorito da eleição para premiê, em 6 de fevereiro: reconhecimento de um Estado
palestino, preservação dos assentamentos judaicos nos territórios
palestinos, nenhuma concessão
adicional de terras, manutenção
da total soberania de Israel sobre
Jerusalém, restrição ao retorno
dos refugiados.
As idéias de Sharon foram imediatamente rechaçadas pelos palestinos e por seu principal rival
na eleição, o premiê Ehud Barak
(trabalhista).
O negociador palestino Saeb
Erekat qualificou o plano de
"uma receita para a guerra". Barak afirmou que o plano não traria a paz e que a população israelense está consciente da necessidade de mais concessões.
As últimas pesquisas de intenção de voto apontam que Barak
está cerca de 20 pontos percentuais atrás de Sharon. O total de
indecisos, porém, é quase igual à
diferença entre os dois.
Apesar das divergências, as negociações entre Israel e palestinos
continuaram. O chanceler israelense, Shlomo Ben Ami, afirmou
crer na possibilidade de um acordo antes do pleito. O líder palestino Iasser Arafat convidou Israel
para uma "maratona" de negociações para forjar um tratado antes
da escolha do novo premiê.
Barak, num discurso de campanha, disse ontem que pretende
dar à Cidade Velha de Jerusalém
"uma autoridade especial que garantirá liberdade de acesso" a todos os locais santos. O Muro das
Lamentações, o bairro judeu e o
Monte das Oliveiras permaneceriam sob soberania israelense.
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