São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2000


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Saiba mais sobre Massimo D'Alema

das agências internacionais

Chamado de "político profissional" pela imprensa italiana, Massimo D'Alema fez da política o centro de sua vida.
Inspirado em seu pai, Giuseppe, um comunista que lutou contra o fascismo durante a Segunda Guerra (1939-45), D'Alema começou na política como um escoteiro, discursando num congresso reunindo os mais poderosos partidos marxistas do Ocidente.
Intelectual pragmático, D'Alema tem afirmado que a centro-esquerda deve agora se concentrar no plebiscito de 21 de maio, sobre a retirada da representação proporcional do sistema eleitoral misto italiano.
Ele defende um sistema tradicional que leve à formação de maiorias com mais de 50% do total de votos no Parlamento, o que asseguraria maior estabilidade política, provavelmente permitindo a emergência de dois partidos fortes e acabando com os conchavos multipartidários. D'Alema é o 24º premiê e chefia o 57º governo italiano do pós-guerra.
D'Alema conseguiu alguns bons resultados econômicos, como o orçamento equilibrado, apesar da diminuição de impostos.
Também enfrentou grandes desafios domésticos e diplomáticos. Um mês depois de assumir o poder, o líder rebelde curdo Abdullah Ocalan foi preso em Roma, levando a Itália a uma crise diplomática com a Turquia, que queria sua extradição.
Em seguida, D'Alema estreitou relações diplomáticas com o Irã e a Líbia, forjando uma imagem, para seu país, de interlocutor de Estados isolados do norte da África e do Oriente Médio.
O premiê entrou para o Partido Comunista Italiano em 1968. Logo chegou a postos de comando e foi líder de seu sucessor, o Partido Democrático da Esquerda.
D'Alema foi editor do jornal do partido, "A Unidade", e ganhou a reputação de ambicioso quando deixou os estudos de filosofia para seguir sua carreira política.
Chegou a ser comparado a Tony Blair e Lionel Jospin, premiês do Reino Unido e da França, quando assumiu, mas não se firmou como expoente da chamada Terceira Via, corrente de centro-esquerda defendida por Blair, com só um ano e meio no poder.


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