das agências internacionais

A Comissão de Direitos Humanos da ONU rejeitou ontem resolução patrocinada pelos EUA que condenava a China pela repressão política e religiosa praticada por seu governo.
Pequim contou com o apoio de países como Rússia, Índia, Paquistão, Indonésia e Cuba para derrotar, por 22 votos a 18 e 12 abstenções, a moção proposta por Washington. No ano passado, a China também havia conseguido evitar resolução semelhante por um placar parecido.
Essa foi a votação que trouxe mais discussão e controvérsia ao encontro anual da Comissão, em Genebra (Suíça), por reunir, de um lado, os EUA e seus aliados (como os integrantes da União Européia e o Japão), e, de outro, países que contestam a atual hegemonia geopolítica, econômica e militar norte-americana.
Não tiveram o mesmo apoio que a China países como Cuba, Irã, Iraque, Iugoslávia, Sudão e Mianmar -todos eles foram condenados por violações dos direitos humanos.
As condenações feitas pela Comissão de Direitos Humanos da ONU têm teor moral e político. Não possuem caráter punitivo, já que esse órgão não tem o poder de ordenar sanções.

Protesto em Cuba
A aprovação, com apoio dos EUA, de um texto elaborado pela República Tcheca exigindo que o regime de Cuba pare de reprimir a oposição política e liberte prisioneiros de consciência teve grande repercussão ontem na ilha de Fidel Castro.
Cerca de 100 mil cubanos protestaram em frente à embaixada tcheca em Havana, num ato organizado pelo governo.
O vice-chanceler tcheco, Martin Palous, disse ter apresentado a moção em nome dos ex-Estados satélites soviéticos, que, segundo ele, "passaram pelas mesmas experiências do totalitarismo".
O Brasil se absteve na votação contra Cuba. Argentina e Chile apoiaram a condenação.


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