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DIPLOMACIA
Sanções prejudicam populações
Conselho da ONU reestuda embargos
das agências internacionais
O Conselho de Segurança da
ONU decidiu criar esta semana
uma comissão que vai estudar
formas de tornar as sanções internacionais contra governos mais
efetivas.
A medida parte da constatação
de que os embargos promovidos
nos últimos anos a países como
Iraque, Afeganistão, Sudão, Líbia
e Iugoslávia costumam errar o alvo: pouco afetam os governantes
e criam condições de vida miseráveis às populações locais.
O subsecretário-geral para Assuntos Políticos Kieran Prendergast disse que um estudo da ONU
mostrou a necessidade de "proteger, em termos humanitários, os
segmentos mais vulneráveis das
populações dos efeitos das sanções".
Outra conclusão é que a mira
das sanções deve passar por um
ajuste para que tenha impacto nos
objetivos planejados. Nesse ponto, o caso iraquiano é emblemático: após quase dez anos de embargo econômico, Saddam Hussein continua firme no poder, enquanto a população sofre na prática os efeitos das sanções.
O vice-representante dos EUA
no Conselho de Segurança, James
Cunningham, disse que "a completa eliminação de impacto involuntário (das sanções) é impossível e, portanto, não é um objetivo
que podemos atingir".
Mas, completou o norte-americano, "a implementação de sanções mais efetivas deveriam "considerar a minimização dos impactos involuntários aos setores vulneráveis da população".
Sem fazer referência direta ao
Iraque -os EUA adotam linha-dura em relação a Bagdá e se
opõem ao levantamento do embargo-, Cunningham disse que,
uma vez implementadas as sanções, elas só devem ser suspensas
no momento em que o país afetado apresentar um comportamento que justifique essa ação.
"As sanções não devem nunca
ser encerradas devido à falta de
uma solução, à falta de vontade
ou à falta de paciência", declarou
o diplomata dos EUA.
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