São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 2002

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Ataque americano mata 4 canadenses perto de Candahar

DA REDAÇÃO

Um caça F-16 da Força Aérea dos EUA bombardeou ontem, aparentemente por engano, soldados canadenses no Afeganistão, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo oito. É a primeira vez que o Canadá perde soldados em campanhas militares desde a Guerra da Coréia (1950-53).
Segundo autoridades do Departamento de Defesa americano, o episódio teria ocorrido quando um dos pilotos que sobrevoavam o local, próximo a Candahar (sul), acreditou que estava sendo atacado por disparos do solo e decidiu retaliar.
As vítimas estavam numa área desértica reservada para treinamento com uso de armas de fogo. O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou ao premiê do Canadá, Jean Chrétien, para expressar condolências e prometer esforços para que investigações sobre o ocorrido sejam levadas adiante.
"Vamos tirar todas as lições possíveis do que aconteceu e fazer tudo o que podemos para proteger as forças da coalizão que tomam parte nessa missão vitalmente importante", escreveu Bush, em comunicado.
Os canadenses fazem parte das forças lideradas por Washington que foram ao Afeganistão para combater o regime extremista islâmico do Taleban e seus aliados da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Trata-se de um dos piores incidentes de "fogo amigo" em seis meses de guerra em solo afegão. Em dezembro, ataque de um bombardeiro B-52 dos EUA matou três soldados americanos e cinco guerrilheiros aliados afegãos.
Um total de 2.043 militares canadenses participam atualmente da ofensiva -800 deles destacados para ações terrestres e, a maioria dos demais, operando a partir de navios de apoio e aviões de transporte.
A missão das unidades terrestres, segundo o ministro da Defesa canadense, Art Eggleton, é proteger o aeroporto de Candahar, auxiliar na atuação de grupos de ajuda humanitária e combater grupos armados remanescentes leais ao Taleban e à Al Qaeda.


Com agências internacionais

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