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Ataque americano mata 4 canadenses perto de Candahar
DA REDAÇÃO
Um caça F-16 da Força Aérea
dos EUA bombardeou ontem,
aparentemente por engano,
soldados canadenses no Afeganistão, matando pelo menos
quatro pessoas e ferindo oito. É
a primeira vez que o Canadá
perde soldados em campanhas
militares desde a Guerra da Coréia (1950-53).
Segundo autoridades do Departamento de Defesa americano, o episódio teria ocorrido
quando um dos pilotos que sobrevoavam o local, próximo a
Candahar (sul), acreditou que
estava sendo atacado por disparos do solo e decidiu retaliar.
As vítimas estavam numa
área desértica reservada para
treinamento com uso de armas
de fogo. O presidente dos EUA,
George W. Bush, telefonou ao
premiê do Canadá, Jean Chrétien, para expressar condolências e prometer esforços para
que investigações sobre o ocorrido sejam levadas adiante.
"Vamos tirar todas as lições
possíveis do que aconteceu e
fazer tudo o que podemos para
proteger as forças da coalizão
que tomam parte nessa missão
vitalmente importante", escreveu Bush, em comunicado.
Os canadenses fazem parte
das forças lideradas por Washington que foram ao Afeganistão para combater o regime
extremista islâmico do Taleban
e seus aliados da rede terrorista
Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Trata-se de um dos piores incidentes de "fogo amigo" em
seis meses de guerra em solo
afegão. Em dezembro, ataque
de um bombardeiro B-52 dos
EUA matou três soldados americanos e cinco guerrilheiros
aliados afegãos.
Um total de 2.043 militares
canadenses participam atualmente da ofensiva -800 deles
destacados para ações terrestres e, a maioria dos demais,
operando a partir de navios de
apoio e aviões de transporte.
A missão das unidades terrestres, segundo o ministro da
Defesa canadense, Art Eggleton, é proteger o aeroporto de
Candahar, auxiliar na atuação
de grupos de ajuda humanitária e combater grupos armados
remanescentes leais ao Taleban
e à Al Qaeda.
Com agências internacionais
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