São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Mantega defende que indicação seja por mérito

ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda Guido Mantega enviou ontem carta aos membros do G-20 manifestando o posicionamento do Brasil na escolha do próximo diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O atual chefe do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, está preso desde sábado acusado de violentar a camareira de um hotel onde se hospedava em Nova York.
De acordo com a carta, o Brasil apoia que a seleção deva ser baseada no mérito e não na nacionalidade, como prevê o estatuto do FMI.
"Já se passou o tempo em que poderia ser remotamente apropriado reservar esse importante cargo para um cidadão europeu", diz Mantega.
Na carta, Mantega afirma que Strauss-Kahn tem o direito irrestrito à defesa e todas as acusações devem ser examinadas com cuidado.
"Neste momento difícil, não podemos esquecer o papel exercido pelo sr. Strauss-Kahn. Ele atuou de forma decisiva nos esforços internacionais", diz Mantega.
O ministro enumera ainda as qualificações que o possível pretendente ao cargo deve ter. Segundo ele, a pessoa deve ser altamente qualificada, com sólida formação técnica e política e experiência em cargos de alto nível.
Ele também diz que o escolhido ideal representaria um número maior de países membros, seria aberto às mudanças e reformas, e capaz de compreender a variedade de desafios enfrentados em várias partes do mundo.
"O processo deve assegurar a representatividade e a legitimidade do FMI", avalia o ministro.


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