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PERU
Comissão de diálogo é apedrejada
Manifestantes agridem enviados de Toledo
DA REDAÇÃO
Uma comissão de paz do governo peruano foi recebida a pedradas em Arequipa (1.000 km ao sul de Lima), que está em estado de emergência depois de um fim de
semana de protestos violentos contra a privatização das geradoras de energia do sul do Peru.
Os manifestantes jogaram pedras no ônibus que buscou no aeroporto a comitiva liderada pelo arcebispo de Arequipa, Fernando Vargas Ruiz, e que conta ainda
com o vice-presidente, os ministros da Educação e da Saúde e o
chanceler. Algumas janelas foram
quebradas, e os enviados especiais tiveram de se agachar, mas o
incidente não deixou feridos.
"Isso põe em risco a possibilidade de acordo. A comitiva teve de
se agachar em várias partes do
trajeto. Há muita gente tentando
impedir o diálogo", disse, em Lima, o ministro do Interior peruano, Fernando Rospigliosi.
Centenas desafiaram o estado
de emergência e saíram em protestos na cidade, a segunda maior
do Peru (830 mil habitantes).
Houve manifestações de apoio
aos arequipanos em várias cidades da região sul. Em Cusco, 3.000
universitários ocuparam a praça
central. "Urgente, urgente, não temos presidente", gritavam.
Em Tacna, no extremo sul do
país, perto da fronteira com o
Chile, dezenas de manifestantes
entraram em choque com a polícia. Pelo segundo dia consecutivo,
barreiras com pneus incendiados
e toras de madeira bloquearam as
principais avenidas da cidade.
Os manifestantes exigem a anulação da venda da Egasa e da Egesur, geradoras de energia compradas semana passada pela belga
Tractebel por US$ 167,4 milhões.
Até em Iquitos, principal cidade
do noroeste do país (500 mil habitantes), milhares de pessoas marcharam contra a política de privatizações, em especial contra a possível venda da Electro-Oriente.
O Departamento de Estado dos EUA recomendou a seus cidadãos que evitassem Arequipa.
Com agências internacionais
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