São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

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PERFIL

Argentino estuda formas de lidar com globalização

DA SUCURSAL DO RIO

Doutor em literatura pela Escola de Altos Estudos em Paris, radicado nos EUA há duas décadas, o argentino Walter Mignolo, 63, define como seu principal interesse de estudo "as respostas à globalização neoliberal em vários domínios da esfera social".
A partir da década passada, sua atenção foi atraída pelos movimentos indígenas na América Latina, que ele começou a acompanhar de perto primeiro no México, com os zapatistas, e depois na Bolívia e no Equador.
A partir de teses pioneiras do sociólogo peruano Aníbal Quijano, Mignolo desenvolve, com outros pesquisadores, estudos sobre a "colonialidade do poder" -proposição segundo a qual a "raça", como categoria de distinção entre pessoas, não existia até a expansão ultramarina iniciada no século 16, quando passou a ser usada para justificar a superioridade do sistema e das crenças dos brancos europeus sobre amarelos, negros, vermelhos.
Mignolo, professor de literatura e antropologia cultural da Universidade Duke (EUA), é autor de quatro livros sobre o tema. Um deles, "Histórias Locais/Projetos Globais - Colonialidade, Saberes Subalternos e Pensamento Liminar", foi lançado aqui pela Editora da UFMG.


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