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PERFIL
Argentino estuda formas de lidar com globalização
DA SUCURSAL DO RIO
Doutor em literatura pela
Escola de Altos Estudos em
Paris, radicado nos EUA há
duas décadas, o argentino
Walter Mignolo, 63, define
como seu principal interesse
de estudo "as respostas à
globalização neoliberal em
vários domínios da esfera
social".
A partir da década passada, sua atenção foi atraída
pelos movimentos indígenas
na América Latina, que ele
começou a acompanhar de
perto primeiro no México,
com os zapatistas, e depois
na Bolívia e no Equador.
A partir de teses pioneiras
do sociólogo peruano Aníbal Quijano, Mignolo desenvolve, com outros pesquisadores, estudos sobre a "colonialidade do poder" -proposição segundo a qual a
"raça", como categoria de
distinção entre pessoas, não
existia até a expansão ultramarina iniciada no século 16,
quando passou a ser usada
para justificar a superioridade do sistema e das crenças
dos brancos europeus sobre
amarelos, negros, vermelhos.
Mignolo, professor de literatura e antropologia cultural da Universidade Duke
(EUA), é autor de quatro livros sobre o tema. Um deles,
"Histórias Locais/Projetos
Globais - Colonialidade, Saberes Subalternos e Pensamento Liminar", foi lançado
aqui pela Editora da UFMG.
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