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União poderia causar crise entre anglicanos
DE LONDRES
Se Charles chegasse ao trono,
Camilla poderia ser rainha? "Legalmente, se eles estiverem casados, não há nada que impeça a coroação dela", explica Rodney Barker, especialista em monarquia da
London School of Economics.
A idéia de uma rainha Camilla,
entretanto, é rejeitada por 67%
dos britânicos, e Richard Kay afirma que o próprio casal descarta a
hipótese.
Resta, porém, a questão religiosa. A Igreja Anglicana, cujo topo
da hierarquia é ocupado pelo rei
britânico, proíbe o casamento de
uma pessoa divorciada se seu ex-cônjuge ainda estiver vivo.
É o caso de Camilla, que, em
1995, se separou de Andrew Parker-Bowles, após Charles admitir
que traíra Diana com sua atual
companheira.
Em 1997, o arcebispo de Canterbury, George Carey, disse que a
união levaria a igreja a uma crise,
mas não há unanimidade sobre o
assunto entre sacerdotes. Para
analistas, uma solução possível
seria um casamento civil, abençoado por um bispo favorável ao
matrimônio.
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