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Sistema do Meio-Oeste já registra falhas há anos
DO "NEW YORK TIMES"
Por diversos anos, durante o verão, uma demanda crescente de
energia foi detectada nas linhas de
transmissão de Ohio e do resto do
Meio-Oeste americano, e funcionários das empresas e do governo
demonstraram preocupação
diante da possibilidade de uma
sobrecarga no sistema, que fornece energia para Nova York, Toronto e Detroit.
Problemas nas linhas se tornaram frequentes, e diversos relatórios, tanto da indústria elétrica
quanto de agências governamentais, alertaram as empresas para
os limites físicos do sistema.
Segundo um relatório da Comissão Regulatória de Energia Federal, a complexidade e a magnitude do fluxo de energia poderiam "sobrecarregar os recursos
eletrônicos e de software utilizados para modelar e administrar a
distribuição de energia pela rede".
Portanto, quando uma série de
falhas registradas durante um período de cerca de uma hora em
Ohio, na quinta-feira, transformou-se no maior blecaute da história da América do Norte, poucos se surpreenderam com sua
provável origem.
Por volta do meio-dia, o Sistema
de Operação de Transmissão Independente do Meio-Oeste, responsável por supervisionar a
oferta para 15 Estados dos EUA,
registrou diversas oscilações de
voltagem, bem antes das linhas de
alta-voltagem ao sul de Cleveland
(Ohio) entrarem em colapso.
Se ficar comprovada uma conexão dessas falhas com o blecaute,
a tese da First Energy Corp., proprietária das linhas de energia de
Ohio, de que o sistema já estava
sobrecarregado antes de suas linhas entrarem em colapso pode
ser corroborada.
"O que aconteceu foi algo bem
mais complexo do que o colapso
de algumas linhas de energia",
disse o porta-voz da First Energy,
Todd Schneider.
As autoridades querem analisar
o que foi feito para alertar responsáveis pelo fornecimento de energia em áreas vizinhas sobre a crise
em gestação.
Com agências internacionais
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