São Paulo, quarta, 19 de agosto de 1998

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FUTURO NA CASA BRANCA
Representantes do presidente dizem que vão oferecer "resistência' para tentar evitar novo depoimento
Advogados de Clinton falam em 'resistir'

de Washington

Advogados da Casa Branca disseram que vão resistir se o promotor independente Kenneth Starr resolver chamar o presidente Bill Clinton para depor outra vez diante do júri de inquérito que investiga se ele cometeu crimes de falso testemunho e obstrução da justiça.
A possibilidade de Starr requerer de novo a presença de Clinton diante do júri parecia grande ontem. O presidente se recusou a responder diversas perguntas anteontem por tê-las considerado excessivamente íntimas. Testemunhas diante de júris de inquérito são obrigadas a responder todas as perguntas que lhes são dirigidas.
O argumento legal de Bill Clinton é que seu depoimento foi voluntário: Starr retirara a intimação que havia feito ao presidente (a primeira do gênero na história do país) como parte do acordo para que Clinton fizesse o seu depoimento.
Mas o promotor independente, que já aceitara a contragosto a presença (contrária à tradição dos júris de inquérito) do advogado de Clinton ao seu lado durante o testemunho, parece ter se irritado com a sua recusa em responder a muitas perguntas e aos ataques que o presidente fez contra ele no seu discurso ao público.
Starr pode intimar Clinton a depor outra vez e, como no mês passado, o presidente pode recorrer à Suprema Corte e retardar o processo por meses. Ou o promotor pode usar a recusa como prova de que Clinton obstrui a Justiça.
Pelo menos duas testemunhas devem ser intimadas de novo a depor: a ex-estagiária Monica Lewinsky e a secretária do presidente, Betty Currie.



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