DA REDAÇÃO

Três soldados americanos foram mortos e dois foram feridos ontem em um ataque com armas de baixo calibre perto de Tikrit (noroeste), informou o Exército dos EUA, num dos piores dias para as tropas de ocupação do Iraque no pós-guerra. Com isso, as baixas americanas em ações hostis no período chegam a 76.
Em outros dois incidentes, soldados dos EUA mataram um adolescente iraquiano em Fallujah (oeste) e sofreram uma violenta emboscada em Khaldiyah (oeste), na qual até oito soldados podem ter morrido.
As três cidades fazem parte do "Triângulo Sunita", área no noroeste do Iraque que é foco de ataques às tropas dos EUA.
Não foram divulgadas mais informações sobre o ataque em Tikrit -apenas que os feridos estão sendo tratados.
Na emboscada em Khaldiyah, que começou com duas bombas detonadas remotamente e terminou com um tiroteio, o comando dos EUA informou que dois soldados foram feridos. A TV Al Arabiya disse que oito foram mortos. Também citando testemunhas, a britânica BBC e o jornal espanhol "El País" mencionaram três americanos mortos.
Um carro da agência Associated Press, com um repórter e um fotógrafo que cobriam o ataque, foi alvejado por um tanque americano. Nenhum dos dois foi ferido.
Na vizinha Fallujah, um iraquiano de 14 anos foi morto e outros seis civis foram feridos quando, na noite de anteontem, soldados dos EUA reagiram a tiros à comemoração de um casamento. É comum, no Iraque, a celebração de eventos com tiros para o ar.
O comandante das tropas americanas, general Ricardo Sanchez, não confirmou a morte, mas disse que o incidente seria investigado.
Em entrevista publicada na véspera pelo jornal britânico "The Times", Sanchez citava os incidentes que resultam na morte de civis como um combustível para a hostilidade dos iraquianos comuns em relação à ocupação.