São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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Chile invocará lei mais rígida contra protesto estudantil

Governo pede que responsáveis por incendiar ônibus na capital sejam julgados pela Lei de Segurança do Estado

É a primeira vez que Sebastián Piñera usa legislação da ditadura contra manifestações; paralisação segue hoje

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo chileno decidiu invocar a Lei de Segurança do Estado contra os manifestantes que incendiaram ontem um ônibus em Santiago, no início da jornada de 48 horas de protestos convocada por líderes estudantis.
A lei de caráter excepcional, que remete à ditadura, criminaliza situações que, normalmente, não teriam caráter de delito -como greve de servidores. No caso dos responsáveis por incendiar o ônibus, ela deverá amplificar a gravidade da ação.
"Não estaríamos cumprindo nossa obrigação se, ao apresentar uma ação judicial, não invocássemos essa lei", afirmou o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.
Segundo ele, o fato de os envolvidos terem "interceptado e ateado fogo ao ônibus para aterrorizar os passageiros" já faz com que o crime seja considerado pelo artigo 6º da lei extraordinária.
O ônibus da Transantiago foi incendiado nas proximidades da Faculdade de Humanidades da Universidade do Chile. Apenas o motorista teve ferimentos leves.
Os manifestantes ainda armaram barricadas em mais de dez pontos da capital, o que paralisou o trânsito. Houve confrontos com a polícia e um fotógrafo da France Presse foi detido ao registrar a prisão de um manifestante. Esta será a primeira vez que o governo Piñera invoca a Lei de Segurança contra os protestos estudantis, que já duram cinco meses. Em janeiro, porém, a decisão foi tomada contra manifestantes que bloquearam estradas na região de Magalhães, por uma semana devido ao aumento no preço do gás natural.
A paralisação e os protestos seguem hoje na capital.


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