São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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Itamaraty não deve defender a Embraer no caso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse ontem que não irá empreender uma batalha em defesa dos aviões construídos pela Embraer, após o anúncio do governo da Colômbia de que suspendeu o processo de compra das aeronaves brasileiras.
Segundo um ministro da Chancelaria, o Itamaraty não chegaria ao ponto de questionar o processo na OMC (Organização Mundial do Comércio), por entender que a Colômbia tem soberania para escolher o tipo de avião que deseja para a sua Força Aérea.
"Faríamos apenas a assistência de promoção comercial de uma empresa brasileira", afirmou o ministro do Itamaraty.
De acordo com o porta-voz da Presidência brasileira, Alexandre Parola, o entendimento do governo é que essa aquisição foi suspensa. Não haveria, portanto, o que comentar sobre o tema.

Embraer
A assessoria de imprensa da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), com sede em São José dos Campos (SP), disse que não iria comentar os episódios envolvendo a licitação colombiana.
A empresa também informou que não faria comentários sobre um suposto acordo irregular firmado no ano passado com o governo colombiano que garantiria o fornecimento de até 40 Super Tucanos à FAC (Força Aérea Colombiana), em um negócio avaliado em US$ 234 milhões.
Em entrevista à Folha, a embaixadora do Brasil em Bogotá, Maria Celina Rodriguez, disse que ainda não há previsão de quando a licitação será aberta pelo governo colombiano.
O convite para a participação do Brasil na concorrência da FAC havia sido encaminhado à embaixadora pela ministra da Defesa da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, no mês passado. Rodriguez afirmou ainda que a Embraer oferece "um bom produto" e teria condições de participar da concorrência na Colômbia.


Colaborou a Folha Vale


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