São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

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NOVA YORK

Decisão sobre o vencedor entre sete projetos deve sair em fevereiro

Planos para o WTC prevêem prédio mais alto do mundo

DA REDAÇÃO

A agência responsável pela reconstrução do World Trade Center (WTC) selecionou sete projetos, entre centenas que foram apresentados, na segunda tentativa de definir qual será o destino do local onde ficavam as duas torres destruídas nos atentados suicidas de 11 de setembro de 2001.
Quatro dos projetos propõem a construção de torres ainda maiores do que as existentes anteriormente. Esses edifícios seriam mais altos até mesmo do que as Petronas Towers, em Kuala Lumpur, na Malásia, de 445 metros de altura, e se converteriam no edifício mais alto do mundo.
"Os planos são inovadores e variados", disse Louis Tomson, presidente da agência nova-iorquina que está à frente da definição do futuro do WTC. A maior parte dos projetos possuem memorial para as vítimas dos ataques, espaços comerciais, museus, instituições culturais, parques e uma grande estação de metrô.
"Não é por acaso que todos os planos respeitem as bases das torres gêmeas e coloquem os arranha-céus como um símbolo poderoso", afirmou Tomson.
Na primeira vez que a agência, denominada Corporação para o Desenvolvimento da Baixa Manhattan, apresentou projetos, em julho deste ano, houve rejeição do público, que os classificou como sombrios e sem inspiração.
Para a nova etapa, a agência decidiu selecionar escritórios de arquitetura famosos, que acabaram apresentando projetos com novos conceitos. Entre esses escritórios está o Foster and Partners, que projetou a reforma do Parlamento alemão em Berlim; o Studio Libeskind, autor do Museu Judaico da capital alemã; e o Meier and Partners, do Museu Getty, em Los Angeles.
Haverá convenções para o público analisar os projetos nos dias 13 e 14 de janeiro, em Nova York. Os projetos podem ser vistos no site www.lowermanhattan.info. Em fevereiro deve ser tomada uma decisão final.
O substituto do WTC está provocando polêmica em Nova York, com divergências entre políticos, executivos, moradores e familiares das vítimas. Muitos parentes dos mortos consideram o local um cemitério, pois os restos de cerca de 800 vítimas talvez nunca sejam identificadas. Eles acham que toda a área deveria ser transformada em um memorial.


Com agências internacionais


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