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Presidente diz que pode tomar mais fábricas
DA REDAÇÃO
O presidente Hugo Chávez
ameaçou ontem tomar mais fábricas de produtos alimentícios
para garantir o abastecimento
do país, que enfrenta sete semanas de greve geral.
Na sexta-feira, soldados da
Guarda Nacional tomaram os
armazéns de uma engarrafadora de Coca-Cola e uma das Empresas Polar, maior empresa
alimentícia venezuelana.
"Alguns executivos dessas
empresas começaram a reabrir
suas fábricas. Aqueles que se
recusam, que resistem... Bem,
esse podem estar certos de que
hoje, amanhã ou depois nós vamos ocupar suas fábricas e armazéns", disse.
"Uma elite imoral está tentando dobrar o nosso povo
com a fome e a sede, mas o povo resistirá", afirmou Chávez.
Há sinais claros de desabastecimento de água mineral, leite,
refrigerantes e farinha. Mas a
greve tem se mostrado mais
forte na indústria de petróleo,
principal fonte de divisas nacional. Nesse setor, as estimativas oficiais calculam prejuízos
de mais de US$ 4 bilhões.
A produção normal de petróleo chega a 3 milhões de barris/dia. O governo diz que a exportação diminuiu para 800
mil barris/dia; os grevistas afirmam que a produção diminuiu
para 400 mil barris/dia.
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