DA REDAÇÃO

O vice-chanceler russo, Alexander Losyukov, apresentou ontem na Coréia do Norte uma proposta de acerto diplomático para a crise na península coreana. Segundo a agência de notícias russa Itar-Tass, Pyongyang responderia hoje ao esforço diplomático.
Moscou, que é um dos aliados históricos dos norte-coreanos, propôs o fim das atividades nucleares no país em troca de garantias internacionais de segurança para a Coréia do Norte e a volta da ajuda humanitária.
Rússia e China têm tentado atuar como mediadores da crise, iniciada em outubro, quando os EUA disseram que Pyongyang teria admitido estar levando a cabo um programa nuclear secreto, proibido por um acordo assinado com Washington em 1994.
Com isso, os americanos deixaram de fazer o envio de petróleo que o acordo previa, e a Coréia do Norte anunciou que recolocaria em funcionamento um reator nuclear, para produzir energia.
No último dia 10, o governo norte-coreano anunciou também a retirada do país do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Washington teme que o reator possa produzir material para armas de destruição em massa.
Apesar da iniciativa russa, autoridades norte-coreanas disseram que só uma negociação direta com os EUA poderia levar a uma solução da crise. O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, disse que seu país mantém "todas as opções" em relação à crise nuclear com a Coréia do Norte. Ele havia sido questionado sobre se Washington havia descartado recorrer à força militar.

Manifestação
Em Seul, mais de 40 mil sul-coreanos participaram de manifestação contra o programa nuclear da Coréia do Norte e a favor da permanência dos 37 mil soldados americanos estacionados no país.
A presença militar dos EUA se dá desde a Guerra da Coréia (1950-53), quando tropas da ONU lideradas por Washington repeliram uma invasão de tropas norte-coreanas, apoiadas pela China.