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ORIENTE MÉDIO
Europeus têm viés pró-palestinos, diz premiê, que faz outra proposta
Sharon ironiza plano do quarteto
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, disse que o plano de paz proposto pelo quarteto, grupo composto por EUA, União Européia,
Rússia e ONU, "não deve ser levado a sério" por ter viés anti-Israel.
"O quarteto não é nada. Não leve isso a sério. Há um outro plano
que irá funcionar", disse o primeiro-ministro israelense em entrevista à revista "Newsweek".
Segundo Sharon, "a atitude dos
europeus em relação a Israel e aos
palestinos deve ser mais balanceada. Quando se tornar mais balanceada, eles serão bem-vindos a
participar. Mas, por enquanto,
não está equilibrada".
De acordo com o premiê, é melhor negociar diretamente com o
governo americano.
O plano de paz propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a
criação de um Estado palestino
provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras.
Não é mencionado no texto a
exigência do governo israelense
de que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos
precisam de uma liderança que
atue duramente contra o terror.
Sharon afirma que, se Arafat for
removido e os militantes extremistas combatidos, Israel irá reconhecer um Estado palestino
provisório e desmilitarizado, com
fronteiras temporárias, e, após
uma prolongada calma, iniciar os
acordos finais de paz.
A ANP diz que aceita os princípios do plano do quarteto, mas
tem ressalvas. Saeb Erekat, principal negociador palestino, acusou
Israel de mais uma vez tentar sabotar as iniciativas de paz.
A União Européia não comentou as declarações de Sharon.
Amram Mitzna, líder do Partido Trabalhista e principal rival de
Sharon na disputa pelo cargo de
premiê nas eleições do dia 28,
acusou o primeiro-ministro de ter
revelado "a sua verdadeira face,
que é contrária à paz".
Barghouti
A Justiça de Tel Aviv determinou ontem que o líder do Fatah
(facção política de Arafat), Marwan Barghouti, pode ser julgado
em Israel. Visto como um dos sucessores de Arafat, Barghouti é
acusado de envolvimento com o
terrorismo. Ele nega.
Com agências internacionais
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