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VISITA À ÁSIA
Presidente deverá ir à zona desmilitarizada entre as duas Coréias
Século 21 será do Pacífico, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, afirmou ontem, no último dia de sua visita oficial ao Japão, que o país deverá desempenhar um papel "indispensável"
durante o século 21, que, segundo
ele, será o "século do Pacífico".
"Mais do que nunca, estamos
decididos a manter nossa presença na região. O êxito dessa região é
essencial para todo o mundo, e estou convencido de que o século 21
será o século do Pacífico", declarou Bush num discurso feito no
Parlamento japonês (Dieta).
Bush, que, no domingo, começou uma visita oficial de uma semana à Ásia, foi o terceiro presidente americano a discursar na
Dieta. Ainda como parte de sua
viagem, ele chegou ontem à Coréia do Sul. O presidente dos EUA
ainda irá à China.
Bush agradeceu o apoio recebido do Japão após os ataques de 11
de setembro e garantiu que a luta
contra o terrorismo continuará
sendo prioridade dos EUA.
"O Japão e os EUA vão reforçar
seus laços de amizade e a segurança bilateral", afirmou o presidente
americano, que acrescentou que
Washington "não esquecerá as
promessas feitas à população de
Taiwan".
O governo de Taiwan não perdeu a oportunidade e elogiou a
declaração de Bush sobre a ilha,
que Pequim considera uma "Província rebelde". "Os comentários
do presidente Bush são significativos. Ele reiterou o apoio dos
EUA à democracia taiwanesa",
afirmou o chanceler de Taiwan,
Eugene Chien.
"Os EUA vêem Taiwan como
um amigo e respeitam as conquistas democráticas de Taiwan, além
de prestarem muita atenção à segurança no estreito de Taiwan.
Temos grande confiança nas relações entre os EUA e Taiwan."
Coréia do Sul
Bush chegou ontem à Coréia do
Sul em meio a protestos contra
suas declarações que incluem a
Coréia do Norte no que chama de
"eixo do mal". Além da Coréia do
Norte, o Irã e o Iraque fazem parte
desse grupo de países que são monitorados de perto pelos EUA.
Segundo assessores do presidente sul-coreano, Kim Dae-jung,
ele pedirá a Bush que privilegie o
diálogo com a Coréia do Norte.
Após um período de relativa reaproximação, Seul e Pyongyang vivem novamente uma fase de distanciamento. Bush ficará quase
três dias na Coréia do Sul.
A Coréia do Sul e a Coréia do
Norte permanecem tecnicamente
em guerra, pois, ao final da Guerra da Coréia (1950-53), não assinaram um tratado de paz, mas
um armistício.
Bush deverá visitar a zona desmilitarizada existente entre as
duas Coréias. Quando o fizer, estará pela primeira vez ao alcance
da artilharia norte-coreana.
Segundo analistas americanos e
sul-coreanos, a Coréia do Norte
tem centenas de armas apontadas
para Seul, onde houve violentos
protestos contra a presença do
presidente americano nos últimos dias. Assim, as reuniões entre
Bush e Kim Dae-jung deverão ter
como temas principais a situação
geopolítica da península da Coréia e a política americana em relação à Coréia do Norte.
Bush viaja amanhã à China. As
relações entre Pequim e Washington estão relativamente frias desde o pouso de emergência de uma
avião de espionagem americano
na China, no ano passado.
Com agências internacionais
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