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São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2003

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Para Bush, EUA estão "desmantelando" Al Qaeda

DA REDAÇÃO

Apesar dos recentes atentados na Arábia Saudita e em Marrocos, o presidente dos EUA, George W. Bush, acredita que seu país esteja paulatinamente "desmantelando" a Al Qaeda -a rede terrorista responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001.
"Será uma guerra longa e um novo tipo de guerra. Mas estamos progredindo e, paulatinamente, desmantelando a rede operacional da Al Qaeda", declarou Bush ontem, após receber a presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo. Os dois discutiram a cooperação militar no combate ao terrorismo no arquipélago, que receberia o status de "aliado de primeira linha" fora da Otan e ganharia acesso a pesquisas e equipamentos militares americanos.
No entanto, citando os atentados do último dia 12 em Riad, que mataram 25 pessoas - sendo oito americanos-, Bush reconheceu que os riscos persistem. Nove terroristas morreram no ataque.
Ontem, o FBI (polícia federal dos EUA) disse ser provável que ocorram novos atentados contra alvos dos EUA e de seus aliados.
O embaixador saudita em Washington disse que há "um alto nível de rumores regionalmente sobre possíveis novos ataques na Arábia Saudita ou nos EUA".
Além dos atentados em Riad, uma série de explosões na sexta-feira em Casablanca contra alvos ocidentais e judeus matou 29 pessoas, mais 12 terroristas.
Enquanto as autoridades sauditas crêem que os executores dos atentados em sua capital possam ter vínculos com a Al Qaeda, o Ministério da Justiça marroquino anunciou ontem que, até agora, não se pode provar que haja relação entre o grupo que executou os atentados em Casablanca e a rede.
"Nenhum estrangeiro está ligado a essas operações criminosas", declarou o ministro Mohamed Bouzoubaa. "O que ocorreu foi executado por um grupo provavelmente desconhecido, de gente muito jovem que foi corrompida por alguém".
A investigação indica ainda falhas na execução dos atentados, o que faz com que a suspeita recaia sobre grupos mal treinados- o que não é o caso da Al Qaeda.


Com agências internacionais


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