São Paulo, Terça-feira, 20 de Julho de 1999
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O RESGATE
Busca depende de novas pistas

da Reportagem Local

A continuação das buscas de pessoas desaparecidas em acidentes aéreos é determinada pelo surgimento de novas pistas. Há casos de vítimas que foram encontradas com vida no 30º dia de trabalho, como conta o sargento Paulo Henrique Cruz, 32, do Esquadrão Pelicano da Aeronáutica, especializado em busca e salvamento.
"Foi um piloto de um ultraleve que caiu na região de Alta Floresta (no norte do Mato Grosso). Os moradores da região iam dizendo a última vez que avistaram a aeronave. Sempre tínhamos novas pistas", conta.
Cruz também participou das buscas do corpo do deputado Ulysses Guimarães, que desapareceu na queda de um helicóptero, em outubro de 1992, em Parati (RJ). Na ocasião, os trabalhos foram encerrados no nono dia. "Não tínhamos novos indícios. A área foi vasculhada várias vezes."
Segundo o sargento, a técnica utilizada naquele caso é semelhante a empregada para encontrar John Kennedy Jr. "Foram delimitadas áreas onde era mais provável que o helicóptero tivesse caído. A partir disso, sobrevoávamos essa região em ziguezague, procurando manchas de óleo e pedaços da aeronave."
As equipes de busca e salvamento foram criadas durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, era difícil treinar novos pilotos. Por isso, quando um avião caía, o resgate do comandante era considerado prioritário.
(VINÍCIUS PRECIOSO)


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