CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília

A última sobrevivente da típica família norte-americana que morou na Casa Branca entre 20 de janeiro de 1960 e 22 de novembro de 1963 viveu ontem o 13º aniversário de casamento no clima de luto a que já se acostumou.
Caroline Bouvier Kennedy Schlossberg, 41, está entre as mais discretas celebridades do mundo. Mãe de três filhos, consegue participar de festas de gala sem ser reconhecida a não ser por amigos, como em 1994, quando foi, a convite do presidente Clinton, à entrega do prêmio Kennedy Center para artes.
Ao contrário do irmão, recusou todos os pedidos para falar em convenções do Partido Democrata, da família, ou para participar de campanhas eleitorais de parentes.
Cinco dias antes de seu sexto aniversário, o pai morreu assassinado. Sua imagem, ao lado do irmão nas cerimônias fúnebres, comoveu o país e o mundo.
Na esteira da mãe, luta para manter-se distante do assédio público e mostrar-se independente das tradições dos Kennedy. Por exemplo, casou-se, em 1986, com um judeu de formação ortodoxa.
Edwin Schlossberg é filho de um grande empresário do setor têxtil, 13 anos mais velho do que ela. Além disso, é artista plástico, profissão não listada entre as respeitáveis por um típico Kennedy.
Os dois se casaram no conjunto de casas dos Kennedy em Hyannisport, onde no sábado sua prima Rory deveria ter se casado.
Caroline, que trabalhou como assistente de produção no museu Metropolitan, em Nova York, resolveu se tornar advogada em 1985. Formou-se pela respeitada Universidade Columbia, em 1988.
Nesta década, escreveu e editou dois livros legais com uma colega de turma, Ellen Alderman, um deles, significativamente, sobre o direito à privacidade, tema em que se especializou. Mas ela não exerce a profissão de advogada.
Caroline assumiu a presidência honorária do American Ballet Theater, no lugar da mãe, após sua morte, em 1994, e se dedica a inúmeras obras de caridade.


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