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São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

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Cenário de tragédia volta a se repetir

DA REDAÇÃO

Ferros retorcidos, sangue, corpos desmembrados. Após semanas de relativa calma, sem a ocorrência de grandes atentados, a cena voltou a ser vista ontem em Jerusalém, após o atentado suicida a um ônibus, no bairro Shmuel Hanavi, que deixou ao menos 18 mortos e cem feridos. No momento da explosão, às 21h (15h em Brasília), o ônibus levava judeus religiosos que haviam visitado o Muro das Lamentações, local mais sagrado do judaísmo, na cidade antiga de Jerusalém.
Segundo as autoridades, cerca de 40 dos feridos eram crianças.
"Eu estava voltando para casa", afirmou Zvi Weiss, 18, estudante americano de um seminário judaico que estava sentado na parte da frente do ônibus e saiu ileso. "A bomba explodiu na parte de trás do ônibus. Tudo ficou preto. Eu saltei para fora da janela quebrada e comecei a correr. Tudo o que havia ao meu lado eram pessoas cobertas de sangue, chorando, algumas sem algum membro."
Segundo testemunhas, entre os passageiros do ônibus havia integrantes de uma família que havia celebrado um bar-mitzvah (rito de passagem dos adolescentes homens à vida adulta) no Muro das Lamentações.
Um segundo ônibus, que passava perto no momento, também ficou bastante danificado, com todas as janelas quebradas. Segundo a polícia, a bomba era extremamente potente e havia sido feita com pedaços de metal, para aumentar sua mortalidade.


Com agências internacionais


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