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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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Ataques estão mais coordenados, dizem EUA

DA REDAÇÃO

Os ataques de quinta-feira em Tikrit, a cidade em que cresceu o ex-ditador Saddam Hussein, estão entre "os mais intensos e bem coordenados desde a chegada dos soldados americanos ao norte do Iraque", em abril, declarou ontem o Exército dos EUA.
Três soldados morreram num tiroteio que durou horas na madrugada de quinta para sexta-feira. Pouco depois, duas bases dos EUA na cidade foram atacadas com granadas-foguetes, tiros de revólver e metralhadoras.
Na véspera, a TV Al Arabiya divulgara uma gravação atribuída ao ex-ditador em que ele pedia ataques contra os EUA, o que levou os soldados na área de Tikrit a aumentar o nível de alerta.
Após os múltiplos incidentes -houve ainda duas emboscadas em Khaldiyah (oeste)-, as forças dos EUA promoveram uma nova operação em Tikrit, na qual foram presas 58 pessoas.
Mais cedo, na estrada entre Mossul e Tikrit, soldados americanos atiraram contra o carro de um diplomata italiano, ferindo-o superficialmente e matando seu intérprete, um civil iraquiano.
Segundo o diplomata italiano Pietro Cordone, conselheiro cultural da autoridade americana, os soldados dispararam porque seu motorista demorou para obedecer a ordem para mudar de faixa após passar por um comboio.
Nos últimos dois meses, as forças dos EUA no Iraque mataram dez civis "por engano".

Mais soldados
Em carta ao Congresso dos EUA, o presidente George W. Bush afirmou que se reserva o direito de fazer novas convocações na guerra contra o terror.
"Tomarei as medidas adicionais que forem necessárias para exercer nosso direito de autodefesa", declarou Bush.
As medidas incluiriam a convocação sem prévia notificação de forças especiais dos EUA para "diferentes partes do mundo". Hoje, só no Iraque, Washington mantém 130 mil soldados.


Com agências internacionais

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