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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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EUA pedem ajuda, mas encontram resistência

CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK

Os EUA estão empreendendo várias negociações bilaterais para solicitar o envio de tropas de outros países ao Iraque, mas, na maioria dos casos, os "convidados" a participar preferem esperar uma resolução da ONU.
O Brasil, por exemplo, confirmou ter sido sondado, mas descartou enviar tropas.
Segundo disse à Folha o embaixador do Chile na ONU, Heraldo Muñoz, até o momento o país não recebeu nenhuma comunicação e "o tema não foi nem sequer analisado como hipótese". O diplomata ressaltou ainda que, sem uma resolução da ONU sobre o Iraque, ficaria difícil ponderar sobre um eventual envio de tropas.
O Paquistão, aliado de primeira hora na guerra dos EUA contra o terror, ainda delibera sobre a participação do país em ações no Iraque. Os Estados Unidos e o Reino Unido teriam solicitado entre 10 mil e 12 mil soldados. No entanto representantes da missão permanente do Paquistão na ONU, em Nova York, afirmam que a negociação com os EUA depende de uma decisão das Nações Unidas sobre a questão.
A Turquia, que poderia enviar entre 10 mil e 20 mil soldados, enfrenta grande oposição interna, a exemplo do que ocorreu na véspera da Guerra do Iraque, impedindo que o país participasse da coalizão militar que derrubou o ex-ditador Saddam Hussein.
A Coréia do Sul é outro país que poderá cooperar com um grande número de soldados: 9.500. A confirmação do contigente a ser envolvido ainda está em fase de deliberação.
Com um número modesto de militares, mas que ainda pode crescer, estão a Lituânia (90 soldados) e a Romênia (700 soldados).
Em telefonema feito ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, ligou para o premiê do Japão, Junichiro Koizumi, para pedir a "cooperação" do Japão no Iraque. Recentemente, o Parlamento japonês aprovou o envio de tropas, mas só para áreas onde não haja risco para os soldados. Quanto à contribuição de US$ 1 bilhão para um fundo de reconstrução, ainda não há resposta.


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