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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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VENEZUELA

Após explosão, Chávez adia viagem aos EUA, e ministro culpa oposição

Atentado atinge prédio na sede do governo venezuelano

DA REDAÇÃO

Um atentado com explosivo atingiu as instalações da Guarda de Honra venezuelana, no complexo do Palácio Miraflores (sede do governo), em Caracas, ontem.
O ataque, que feriu levemente um soldado, levou a ser cancelada, por questões de segurança, a viagem que o presidente Hugo Chávez faria na próxima semana a Nova York, onde participaria da Assembléia Geral da ONU. O governo venezuelano anunciou ainda que reforçaria a segurança de Chávez e dos prédios públicos.
O ministro do Interior, Lucas Rincón, classificou a explosão de um "ato terrorista", que, de acordo com ele, poderia ter relação com recentes ameaças telefônicas e relatos de inteligência que sugerem que haveria um plano para tentar matar o presidente.
O ministro culpou a ala mais radical da oposição pelo ocorrido e negou que o governo poderia ter armado o incidente para tentar prejudicar seus opositores.
Rincón disse que o artefato foi jogado da rua nas instalações da Guarda de Honra, distantes do palácio presidencial. A explosão danificou uma cobertura de telhas e quebrou dezenas de janelas, inclusive de casas próximas.
Chávez estava em seu palácio no momento do incidente, mas os serviços de segurança consideraram que não havia a necessidade de ele ser retirado do local.
Desde o início do ano, bombas já atingiram em Caracas o Consulado da Colômbia, a Embaixada da Espanha, um local onde governo e oposição negociavam e a sede da PDVSA, a estatal petrolífera venezuelana. Ninguém assumiu responsabilidade, mas chavistas e opositores culpam um ao outro.
A Venezuela anunciou ainda que suspendeu a venda de petróleo para a República Dominicana porque acredita que empresas petrolíferas locais financiam planos conspirativos contra Chávez.
O articulador, segundo o governo, seria o ex-presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, que foi alvo de tentativa de golpe liderada por Chávez em 1992. Pérez negou a acusação e disse que não mora mais na República Dominicana.


Com agências internacionais

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