|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VENEZUELA
Após explosão, Chávez adia viagem aos EUA, e ministro culpa oposição
Atentado atinge prédio na
sede do governo venezuelano
DA REDAÇÃO
Um atentado com explosivo
atingiu as instalações da Guarda
de Honra venezuelana, no complexo do Palácio Miraflores (sede
do governo), em Caracas, ontem.
O ataque, que feriu levemente
um soldado, levou a ser cancelada, por questões de segurança, a
viagem que o presidente Hugo
Chávez faria na próxima semana
a Nova York, onde participaria da
Assembléia Geral da ONU. O governo venezuelano anunciou ainda que reforçaria a segurança de
Chávez e dos prédios públicos.
O ministro do Interior, Lucas
Rincón, classificou a explosão de
um "ato terrorista", que, de acordo com ele, poderia ter relação
com recentes ameaças telefônicas
e relatos de inteligência que sugerem que haveria um plano para
tentar matar o presidente.
O ministro culpou a ala mais radical da oposição pelo ocorrido e
negou que o governo poderia ter
armado o incidente para tentar
prejudicar seus opositores.
Rincón disse que o artefato foi
jogado da rua nas instalações da
Guarda de Honra, distantes do
palácio presidencial. A explosão
danificou uma cobertura de telhas e quebrou dezenas de janelas,
inclusive de casas próximas.
Chávez estava em seu palácio no
momento do incidente, mas os
serviços de segurança consideraram que não havia a necessidade
de ele ser retirado do local.
Desde o início do ano, bombas
já atingiram em Caracas o Consulado da Colômbia, a Embaixada
da Espanha, um local onde governo e oposição negociavam e a sede da PDVSA, a estatal petrolífera
venezuelana. Ninguém assumiu
responsabilidade, mas chavistas e
opositores culpam um ao outro.
A Venezuela anunciou ainda
que suspendeu a venda de petróleo para a República Dominicana
porque acredita que empresas petrolíferas locais financiam planos
conspirativos contra Chávez.
O articulador, segundo o governo, seria o ex-presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, que foi
alvo de tentativa de golpe liderada
por Chávez em 1992. Pérez negou
a acusação e disse que não mora
mais na República Dominicana.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Opinião: O vínculo inexistente com o terrorismo Próximo Texto: Clima: Furacão mata ao menos 17 nos EUA Índice
|