DE LONDRES

O maior desafio da América Latina é acabar com as guerrilhas da Colômbia, segundo o relatório "The Military Balance 2000-2001", lançado ontem, em Londres, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
A situação piorou no último ano e as negociações entre governo e os principais grupos guerrilheiros fracassaram, afirma o documento. O aumento da pressão militar colombiana sobre as guerrilhas e o narcotráfico teve consequências diretas nos países vizinhos. O relatório diz que os narcotraficantes transferiram suas atividades para Bolívia, Equador, Panamá e Venezuela.
A piora da situação, segundo o IIEE, ocorreu depois que foi concedido o controle de territórios para os movimentos guerrilheiros -as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN)- para que aceitassem participar das negociações de paz.
Os dois grupos consolidaram sua força ao "exigir que o governo se retire de províncias próximas como condição para negociar", diz o relatório.
Exceto pela ajuda dos EUA ao governo colombiano, os gastos militares na região são restritos e a compra de armas recuou ou foi adiada por causa da crise financeira e da desvalorização das moedas locais nos últimos anos.
Os gastos regionais com defesa diminuíram 9%, para US$ 35 milhões, em 1999. A queda, no entanto, foi menor do que o esperado. Estimava-se que o recuo seria de cerca de 19%. (JAG)


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