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ORIENTE MÉDIO
Eles foram alvejados pelas Brigadas de Al Aqsa na Cisjordânia; Israel impõe toque de recolher e convoca reservistas
Ataque mata três soldados israelenses
DA REDAÇÃO
Três soldados israelenses foram
mortos ontem em ataque a tiros
em uma vila palestina perto de
Ramallah (Cisjordânia), ao lado
do assentamento judaico de Ofra.
A ação, segundo autoridades de
segurança israelenses, foi a mais
séria nos últimos meses.
O grupo terrorista Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política de Iasser Arafat), reivindicou o ataque. Para
conseguir alvejar os militares, foi
armada uma emboscada. Dois
militantes do grupo palestino
participaram da ação.
Segundo pesquisa divulgada
ontem, 89% dos palestinos
apóiam ataques como o de ontem
-que visem militares de Israel na
Cisjordânia ou na faixa de Gaza.
Em resposta, o Exército de Israel impôs toque de recolher na
área. Não estava descartada uma
incursão em Ramallah em busca
dos responsáveis. Arafat, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), vive em seu QG na
cidade, de onde é impedido, de
sair por Israel há quase dois anos.
Horas antes, mísseis palestinos
Qassam, de fabricação caseira, foram disparados contra Sderot (Israel). A ação não deixou vítimas.
Nenhum grupo a assumiu. Em
outras ocasiões em que foram
lançados mísseis, Israel revidou.
Mas ontem não houve resposta.
Temendo uma nova onda de
atentados terroristas, o Exército
de Israel convocou ontem cerca
de 1.800 reservistas para substituírem soldados que foram deslocados para ações na Cisjordânia.
No sábado, as forças israelenses
haviam matado quatro palestinos
na faixa de Gaza: dois militantes,
uma mulher e um adolescente.
"Essas ações fazem parte da escalada de violência do Exército de
Israel. É uma indicação de que o
governo israelense continuará
sua agressão, suas incursões e
seus toques de recolher", afirmou
ontem Saeb Erekat, principal negociador palestino.
Após iniciar incursão na quinta-feira, o Exército de Israel desocupou o campo de refugiados Brazil
(faixa de Gaza), onde testemunhas disseram que 20 prédios foram destruídos ou danificados.
Os soldados de Israel estavam
procurando túneis que seriam
utilizados para contrabandear armas do Egito para a faixa de Gaza.
A ONU afirma que 110 casas foram destruídas e 15 pessoas morreram na recente incursão israelense em campos de refugiados na
faixa de Gaza. O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, diz que
quatro túneis foram achados.
Pesquisa
Segundo pesquisa do Centro
Palestino de Pesquisa e Investigação Política, 75% dos palestinos
apóiam o atentado suicida que
matou 21 há duas semanas em Israel. Ayoub Mustafa, um dos pesquisadores, afirmou que o percentual pode ser artificialmente
alto, porque os entrevistados não
foram informados de que todos
os mortos eram civis.
A popularidade de Arafat alcançou o seu nível mais alto em cinco
anos. A pesquisa indica que metade dos palestinos votariam nele
novamente para a Presidência da
ANP. No ano passado, eram 35%.
Com agências internacionais
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