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IRAQUE OCUPADO
Comboio com munições também é alvo
Série de confrontos mata dois soldados americanos e três civis
DA REDAÇÃO
Uma série de ataques-surpresa
atingiu vários alvos do Exército
dos EUA entre o norte e o oeste de
Bagdá, na região onde se concentra a principal resistência à ocupação americana do país.
Na noite de sábado, dois soldados norte-americanos foram
mortos e um ficou ferido em combates perto de Kirkuk (250 km ao
norte de Bagdá). Na manhã de
ontem, soldados dos EUA mataram três iraquianos perto de Hawija depois de terem sido atingidos por granadas.
Já nas proximidades de Fallujah
(70 km a oeste de Bagdá), uma
emboscada contra um comboio
dos EUA destruiu um caminhão
carregado com munições, além
de dois outros veículos. Aparentemente, eles foram atingidos por
foguetes.
"Podiam-se ver pedaços dos
veículos voando por toda a parte,
como fogos de artifício", disse o
comerciante Khalil al Qubaisi, 45.
Em resposta, os soldados norte-americanos abriram fogo, ferindo
pelo menos cinco civis, segundo
afirmaram testemunhas. Não
houve registro de soldados mortos ou feridos.
"Eu estava consertando o meu
carro do outro lado da rua, quando os americanos começaram a
disparar em círculo enquanto
tentavam escapar do comboio em
chamas", disse Thaer Ibrahim, 30,
que ficou ferido.
Dezenas de jovens iraquianos
dançavam e aplaudiam enquanto
os veículos se incendiavam.
Um pouco mais a oeste, na cidade perto de Beiji, forças americanas prenderam cinco iraquianos
após um rápido tiroteio.
Entre a tarde de sábado e a de
ontem, o comando de operações
registrou 15 ataques contra forças
da coalizão liderada pelos EUA
-abaixo da media diária de 22.
A maior parte deles ocorreu no
"triângulo sunita", que se estende
do oeste ao norte de Bagdá. A região era uma importante base política para o partido Baath, do ex-ditador Saddam Hussein.
Em artigo no "New York Times" de ontem, Iyad Allawi, presidente do Conselho de Governo
Iraquiano, criticou a decisão dos
EUA de dissolver o Exército do
país após o término da guerra.
"Isso produziu um vácuo que
permitiu o florescimento e a atuação de criminosos e terroristas internacionais", afirmou Allawi.
Carta de Saddam
Uma carta atribuída a Saddam
Hussein conclama os chefes das
tribos iraquianas a empreender
uma "guerra santa" contra as forças de ocupação no Iraque. A carta, datada de 9 de outubro e supostamente assinada pelo ex-ditador, foi distribuída na cidade de
Tikrit -seu reduto.
O Paquistão e a Arábia Saudita
afirmaram ontem que só enviarão
forças de paz ao Iraque após receberem um convite formal do país.
Com agências internacionais
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