São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

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Dinheiro repatriado por fundos será usado em obras de energia

DE BUENOS AIRES

A primeira remessa do dinheiro que as Administradoras dos Fundos de Aposentadoria e Pensão (AFAP) deverão tirar de investimentos que hoje têm no Brasil e trazer de volta à Argentina deverá ser aplicadas em projetos para combater a crise energética. Anteontem, o governo determinou que as AFJP só podem aplicar no Mercosul 2% de seus fundos. Com isso, deverão repatriar até o fim do ano que vem US$ 2,5 bilhões que têm aplicados em fundos de investimento que negociam ações brasileiras.
De acordo com a determinação, até 2011, 5% dos recursos da AFJP devem estar investidos em projetos produtivos ou de infra-estrutura. Um desses projetos é o da ampliação em 8% da capacidade dos Gasodutos do Sul e do Norte. Os fundos da AFJP se somariam a outros recursos para executar essa obra, que está orçada em US$ 900 milhões.
O segundo projeto que deverá contar com aportes dos fundos de pensão é a construção de duas usinas elétricas em Campana, na grande Buenos Aires, e na cidade de Rosário.
A obra das duas usinas está orçada em US$ 420 milhões. Ainda não está definido com quanto desse valor arcarão os fundos de pensão.
As obras são necessárias para diminuir os riscos de agravamento da crise energética, que no inverno deste ano levou a racionamento de consumo industrial e a cortes no fornecimento de gás ao Chile. Por enquanto, o governo garante que não há risco de falta de abastecimento no verão. (RR)


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