São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Ex-senador que defende expansão de seguros vai comandar Saúde

Katie Falkenberg - 9.nov.08/Efe
Daschle coordenará planos de saúde e está cotado para a pasta

DE NOVA YORK

O ex-senador Tom Daschle, forte defensor da expansão dos seguros-saúde nos EUA, foi selecionado por Barack Obama para ser o secretário da Saúde do próximo governo, disseram ontem membros da equipe de transição do presidente eleito.
Daschle foi senador por quase duas décadas, tendo sido líder da maioria e da minoria ao longo desse período. Sua escolha indica a prioridade que Obama pretende dar à reforma do sistema de saúde americano, que deixa hoje quase 50 milhões de cidadãos descobertos.
Na campanha, Obama defendeu chegar o mais próximo possível de uma cobertura de saúde universal com a ajuda do governo, mas sem impor obrigatoriedade de aquisição de seguros. Hoje, o sistema americano de seguros está baseado em benefícios empregatícios.
Daschle já foi oficialmente nomeado como líder da equipe de formulações de propostas para saúde para a Casa Branca sob Obama. A indicação do ex-senador para o Departamento da Saúde, porém, levantou críticas por ele ter tido papel recente em empresas de lobby, algo que Obama disse que vetaria em sua equipe.
A escolha de Daschle reduz ao Departamento de Estado as chances de que Hillary Clinton venha a ocupar um cargo de primeiro escalão no governo do ex-rival Obama, já que a ex-primeira-dama também era cotada para comandar a Saúde.
Ontem, o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) ofereceu concessões para ajudar a integração de Hillary ao gabinete. Ele liberou nomes de vários grandes doadores de sua fundação de ajuda humanitária.
Clinton concordou ainda em se afastar das responsabilidades diárias da fundação caso Hillary seja confirmada. Teme-se que ocorram conflitos de interesses pelo fato de ela supervisionar operações de ajuda humanitária dos EUA no exterior.
A equipe de Obama também confirmou ontem que David Axelrod, seu coordenador de campanha, será conselheiro sênior do presidente eleito, ocupando funções comparáveis às do estrategista Karl Rove no governo de George W. Bush.


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