São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Decano perde, e democratas podem ter supermaioria

DA REDAÇÃO

No Senado americano desde 24 de dezembro de 1968, o republicano Ted Stevens, 85, perdeu a reeleição por 3.724 votos -1,18 ponto percentual- para Mark Begich, que será o primeiro democrata a representar o Alasca na Casa em quase 30 anos. A derrota pode dar ao partido de Barack Obama maioria suficiente para evitar obstruções da oposição.
O resultado foi anunciado na noite de anteontem, após recontagem de votos. Mesmo se tivesse vencido, Stevens, o senador havia mais tempo no cargo, enfrentaria problemas para concluir o mandato, pois foi considerado culpado por infrações éticas -ganhou presentes caros no exercício do poder.
Agora, a base de apoio a Obama conta com 58 senadores (incluindo dois independentes que costumam acompanhar os democratas no Senado).
Em dois Estados -Minnesota, que iniciou a recontagem ontem, pois a diferença entre os concorrentes foi de 0,008 ponto percentual, e Geórgia, que terá segundo turno em 2 de dezembro-, a eleição continua indefinida.
Se democratas vencerem em ambos, o bloco situacionista atingirá 60 cadeiras, ou três quintos do total. No Senado americano, se um partido reúne três quintos da Casa, ele adquire a prerrogativa de interromper os debates legislativos e acelerar as votações -o que, no caso, pode estabelecer uma "via rápida" de aprovação de novas leis e regras de interesse do futuro governo Obama.

Lieberman
Segundo senadores democratas citados pelo "New York Times", o grupo espera acirradas batalhas legislativas, razão pela qual concordou com o chamado de Obama pela reconciliação com Joe Lieberman.
Como represália por ter apoiado John McCain e criticado o presidente eleito durante a campanha, o ex-democrata (hoje independente) anteontem foi removido pela sigla só de postos que ocupava em subcomissões -permanecerá à frente da prestigiada Comissão de Segurança Nacional.
Na Câmara, onde os democratas já têm e expandirão a maioria pelo resultado da eleição, há outros mecanismos para desobstruir a pauta.


Com agências internacionais


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