São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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Chefe de inspetores critica dossiê

DA REDAÇÃO

O chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, afirmou ontem que havia inconsistências e poucas informações novas na declaração de armas do Iraque, mas nem ele nem nenhum membro do Conselho de Segurança (CS) disse que isso representava uma violação material por parte de Bagdá.
Blix disse ao CS, em uma avaliação inicial da declaração, que inconsistências não permitiam concluir "que não resta mais nenhum programa de armas de destruição em massa" no Iraque. Ele afirmou que "a impressão geral é a de que não muitas informações novas e significativas foram fornecidas".
O chanceler da França, Dominique de Villepin, disse que havia "algumas áreas cinzentas" no dossiê, mas que Paris estava confiante de que as inspeções da ONU preencheriam as lacunas.
O chanceler britânico, Jack Straw, disse que o ditador iraquiano, Saddam Hussein, não cometeu "até agora" uma "violação material", mas que o dossiê parecia estar incompleto. Ele afirmou que, apesar de o Iraque não ter cumprido suas obrigações, uma guerra contra Bagdá não era inevitável.
O embaixador da Rússia na ONU, Sergei Lavrov, disse que não cabia a um membro do CS declarar uma "violação material".
O vice-presidente do Iraque, Taha Yassin Ramadan, afirmou que os EUA estavam procurando "um pretexto para um ataque" e disse que o país poderia dar novos esclarecimentos.


Com agências internacionais


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