São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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ARGENTINA

Juiz mantém presa a dona do "Clarín"

DE BUENOS AIRES

O juiz Roberto Marquevich negou ontem pedido da defesa de Ernestina Herrera de Noble, 77, para que a empresária, principal acionista do Grupo Clarín (que edita o jornal "Clarín"), fosse liberada após prestar depoimento.
Presa na terça-feira passada, De Noble é acusada de ter usado documentos falsos no processo de adoção de seus dois filhos, que têm hoje 26 anos.
A associação Avós da Praça de Maio denunciou a empresária há cerca de dez anos, quando afirmava que havia indícios de que as crianças eram filhos de desaparecidos políticos.

Problemas de saúde
Ontem, ela prestou depoimento e se declarou inocente. O juiz não permitiu que De Noble deixasse a prisão depois de depor. Até o final da tarde, Marquevich não havia tomado uma decisão a respeito do pedido dos advogados para que a empresária ficasse em prisão domiciliar.
Os advogados argumentam que De Noble tem problemas de saúde e, além disso, por ter mais de 70 anos, teria direito à prisão domiciliar.
Anteontem, a defesa da empresária já havia tentado evitar a prisão, argumentando que a empresária tem problemas de saúde, mas o juiz negou o pedido e solicitou que uma junta médica examinasse De Noble.
As representantes das Avós dizem que o juiz "fez o seu trabalho". O Grupo Clarín emitiu nota em que considera abusiva a prisão. (MB)


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