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Ao menos 15 ficam feridos em protesto
DA REDAÇÃO
Pelo menos 15 pessoas ficaram
feridas ontem em confrontos entre soldados da Guarda Nacional
venezuelana e manifestantes que
protestavam contra o presidente
da Venezuela, Hugo Chávez, em
Barcelona, a capital do Estado de
Anzoátegui (região norte).
Os manifestantes ficaram feridos quando os soldados dispararam balas de borracha para reprimir o protesto, disse ontem o governador de Anzoátegui, David
de Lima. Outras 12 pessoas, afirmou, sofreram os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo.
Em entrevista ao jornal venezuelano "El Universal", Lima afirmou que, em seu Estado, a Guarda Nacional "perdeu toda a aparência de institucionalidade e atua
como braço armado do MVR
(Movimento Quinta República, o
partido de Chávez)" e "reprime
selvagemente" oposicionistas.
Powell "preocupado"
O governo dos EUA está muito
preocupado com a crise na Venezuela e está trabalhando com a
OEA (Organização dos Estados
Americanos) para buscar uma solução pacífica para a crise no país,
afirmou ontem o secretário de Estado americano, Colin Powell.
Para ele, o governo e a oposição
estão atuando "de uma maneira
intransigente". "Estamos muito
preocupados com a situação na
Venezuela, pela greve geral e pelas
manifestações nas ruas, que
criam a possibilidade de violência
e de um profundo descontentamento político e social", disse.
"Preocupa-nos também o fato
de o setor petroleiro estar sendo
paralisado e as consequências
econômicas para os venezuelanos
e para outros fora do país."
Powell disse que os EUA permanecem em contato com o secretário-geral da OEA, César Gaviria,
que está em Caracas há seis semanas tentando mediar um diálogo.
"Nós apresentamos algumas
idéias ao secretário-geral para sua
consideração, e, na semana passada, eu falei com o chanceler da
Venezuela [Roy Chaderton] para
ver se nós podemos ter algum papel útil", disse.
Segundo ele, nos últimos dias
"houve alguns esforços para apresentar idéias às duas partes, que
poderiam ser a base para conversações".
"Mas não se pode dizer que tenha havido muito progresso nesse terreno, porque as duas partes
têm atuado de uma maneira intransigente", afirmou.
Com agências internacionais
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