São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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Ao menos 15 ficam feridos em protesto

DA REDAÇÃO

Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas ontem em confrontos entre soldados da Guarda Nacional venezuelana e manifestantes que protestavam contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Barcelona, a capital do Estado de Anzoátegui (região norte).
Os manifestantes ficaram feridos quando os soldados dispararam balas de borracha para reprimir o protesto, disse ontem o governador de Anzoátegui, David de Lima. Outras 12 pessoas, afirmou, sofreram os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo.
Em entrevista ao jornal venezuelano "El Universal", Lima afirmou que, em seu Estado, a Guarda Nacional "perdeu toda a aparência de institucionalidade e atua como braço armado do MVR (Movimento Quinta República, o partido de Chávez)" e "reprime selvagemente" oposicionistas.

Powell "preocupado"
O governo dos EUA está muito preocupado com a crise na Venezuela e está trabalhando com a OEA (Organização dos Estados Americanos) para buscar uma solução pacífica para a crise no país, afirmou ontem o secretário de Estado americano, Colin Powell.
Para ele, o governo e a oposição estão atuando "de uma maneira intransigente". "Estamos muito preocupados com a situação na Venezuela, pela greve geral e pelas manifestações nas ruas, que criam a possibilidade de violência e de um profundo descontentamento político e social", disse.
"Preocupa-nos também o fato de o setor petroleiro estar sendo paralisado e as consequências econômicas para os venezuelanos e para outros fora do país."
Powell disse que os EUA permanecem em contato com o secretário-geral da OEA, César Gaviria, que está em Caracas há seis semanas tentando mediar um diálogo. "Nós apresentamos algumas idéias ao secretário-geral para sua consideração, e, na semana passada, eu falei com o chanceler da Venezuela [Roy Chaderton] para ver se nós podemos ter algum papel útil", disse.
Segundo ele, nos últimos dias "houve alguns esforços para apresentar idéias às duas partes, que poderiam ser a base para conversações".
"Mas não se pode dizer que tenha havido muito progresso nesse terreno, porque as duas partes têm atuado de uma maneira intransigente", afirmou.


Com agências internacionais


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