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América Latina lamenta início dos bombardeios
DA REDAÇÃO
A maioria dos governos latino-americanos criticou a ofensiva
militar americana contra o Iraque. México e Chile, membros
provisórios do Conselho de Segurança da ONU, lamentaram o início dos bombardeios.
O presidente mexicano, Vicente
Fox, reiterou a sua oposição às
ações armadas dos EUA e seus
aliados contra o Iraque e ofereceu
ajuda humanitária aos iraquianos. O México é um dos principais parceiros econômicos dos
americanos.
O presidente chileno, Ricardo
Lagos, expressou a sua esperança
de que o número de "vítimas civis
inocentes seja o menor possível".
Ele insistiu que o desejo do Chile é
que a ONU, "a partir de agora, encontre uma saída para o fim dessa
guerra".
Em Caracas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, um dos
principais opositores do governo
de George W. Bush no continente,
pediu a paz e "o respeito ao direito
internacional para solucionar
conflitos entre nações".
O governo argentino, do presidente Eduardo Duhalde, afirmou
que seguirá lutando pela paz e que
está disposto a enviar ajuda humanitária ao Iraque.
Ao contrário da Guerra do Golfo (1991), quando o então presidente Carlos Menem (1989-99)
decidiu participar da coalizão militar contra o Iraque, desta vez a
Argentina preferiu não apoiar os
americanos na ofensiva.
"Refletimos o sentimento geral
dos argentinos", disse um porta-voz do presidente.
O chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, denunciou "a ilegal,
injusta e desnecessária agressão
dos EUA contra o Iraque" na Comissão de Direitos Humanos das
Nações Unidas. Cuba mantém
quatro diplomatas em sua embaixada em Bagdá.
"Todo o planeta se converteu
em refém das caprichosas decisões de um poder ilimitado que
desconhece qualquer compromisso internacional e decide tudo
segundo os seus próprios interesses", acrescentou ministro das
Relações Exteriores cubano.
O Uruguai lamentou que o Conselho de Segurança não tenha
chegado a acordo sobre o futuro
do Iraque.
Os únicos países do continente
que não fizeram críticas foram a
Nicarágua e a Costa Rica.
Com agências internacionais
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