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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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América Latina lamenta início dos bombardeios

DA REDAÇÃO

A maioria dos governos latino-americanos criticou a ofensiva militar americana contra o Iraque. México e Chile, membros provisórios do Conselho de Segurança da ONU, lamentaram o início dos bombardeios.
O presidente mexicano, Vicente Fox, reiterou a sua oposição às ações armadas dos EUA e seus aliados contra o Iraque e ofereceu ajuda humanitária aos iraquianos. O México é um dos principais parceiros econômicos dos americanos.
O presidente chileno, Ricardo Lagos, expressou a sua esperança de que o número de "vítimas civis inocentes seja o menor possível". Ele insistiu que o desejo do Chile é que a ONU, "a partir de agora, encontre uma saída para o fim dessa guerra".
Em Caracas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, um dos principais opositores do governo de George W. Bush no continente, pediu a paz e "o respeito ao direito internacional para solucionar conflitos entre nações".
O governo argentino, do presidente Eduardo Duhalde, afirmou que seguirá lutando pela paz e que está disposto a enviar ajuda humanitária ao Iraque.
Ao contrário da Guerra do Golfo (1991), quando o então presidente Carlos Menem (1989-99) decidiu participar da coalizão militar contra o Iraque, desta vez a Argentina preferiu não apoiar os americanos na ofensiva.
"Refletimos o sentimento geral dos argentinos", disse um porta-voz do presidente.
O chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, denunciou "a ilegal, injusta e desnecessária agressão dos EUA contra o Iraque" na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Cuba mantém quatro diplomatas em sua embaixada em Bagdá.
"Todo o planeta se converteu em refém das caprichosas decisões de um poder ilimitado que desconhece qualquer compromisso internacional e decide tudo segundo os seus próprios interesses", acrescentou ministro das Relações Exteriores cubano.
O Uruguai lamentou que o Conselho de Segurança não tenha chegado a acordo sobre o futuro do Iraque.
Os únicos países do continente que não fizeram críticas foram a Nicarágua e a Costa Rica.


Com agências internacionais


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