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Número de refugiados
ainda não é crítico
DA REDAÇÃO
Grupos de refugiados atravessaram ontem a fronteira do Iraque em direção à Jordânia, horas
depois do início dos ataques liderados pelos EUA, mas ainda não
havia um fluxo considerável de
pessoas tentando fugir da guerra.
Entre os refugiados estavam 275
trabalhadores de origem sudanesa e suas famílias que haviam imigrado para o Iraque e um grupo
de estudantes jordanianos.
Os sudaneses foram levados de
ônibus para um acampamento do
Crescente Vermelho (versão muçulmana da Cruz Vermelha), a 60
quilômetros da fronteira iraquiana, próximo de Al Ruweishid, na
Jordânia. O translado foi organizado pela Embaixada do Sudão
em Bagdá. Ao chegar na fronteira,
parte deles rumou para o aeroporto de Amã para tomar um
avião de volta ao Sudão.
O acampamento do Crescente
Vermelho na Jordânia tem capacidade para acolher cerca de 5.000
refugiados. Ontem o presidente
do Crescente Vermelho, Mohamad al Hadid, afirmou desconhecer quantos refugiados chegariam
ao acampamento. "Não temos
dados", afirmou.
O Irã anunciou esperar a chegada de até 1,2 milhão de iraquianos
por causa da guerra. Até agora, no
entanto, autoridades do país afirmaram não haver registro da chegada de iraquianos ao país devido
ao conflito. A expectativa é que
ocorram ondas de refugiados à
medida que os ataques dos EUA
sejam intensificados.
Na Síria, que também faz fronteira com o Iraque, não havia sinais de iraquianos atravessando a
fronteira no primeiro dia dos ataques liderados pelos EUA.
Durante a Guerra do Golfo, em
1991, perto de 60 mil refugiados
deixaram o Iraque, a maioria deles em direção ao Irã e à Turquia.
O Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados (Acnur)
calcula que, desta vez, cerca de
600 mil refugiados deverão deixar
o Iraque, metade deles provavelmente em direção ao Irã.
Com agências internacionais
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