São Paulo, sábado, 21 de março de 1998

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Israel quer garantia síria para retirada

das agências internacionais

O gabinete israelense se reuniu ontem para discutir as condições para uma saída do sul do Líbano. E chegou a um consenso: a retirada do Exército só será feita após um acordo de segurança que tenha a assinatura do Líbano e também da Síria (país que determina a política libanesa).
O grande número de baixas do Exército de Israel no combate à guerrilha xiita Hizbollah (seis soldados ficaram feridos em combate ontem) levou o debate sobre a retirada à pauta do dia dos ministros do premiê Binyamin Netanyahu.
A Síria exige a retirada israelense das colinas do Golã, ocupadas em 1967. O gabinete de Netanyahu não aceita incluir essa questão nas negociações sobre sua retirada do Líbano.
Em troca da saída, Israel quer garantias de que o Hizbollah será neutralizado e de que o norte do país ficará em segurança. O ministro da Infra-Estrutura, Ariel Sharon, general que comandou a invasão do Líbano em 1982, defende a "retirada por etapas". Segundo Uri Lubrani, negociador israelense para a questão libanesa, "uma retirada unilateral seria seguida rapidamente de nossa volta à região". O gabinete se reunirá dentro de duas semanas para tratar novamente do tema.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em missão diplomática no Oriente Médio, disse ontem em Beirute que Israel deve obedecer a resolução 425, que determina que os soldados israelenses devem desocupar a faixa territorial que ocupam há 20 anos no Líbano.



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