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Sou "única esperança" do país, diz presidente
DA REDAÇÃO
O recém-empossado presidente do Equador, o médico cardiologista Alfredo Palacio, 66, disse ontem que governará "com o povo e
para o povo" e sentenciou: "Sou a
única esperança que o país tem".
Palacio, em entrevista coletiva
no Ministério da Defesa, em Quito, se declarou disposto a servir o
Equador e insistiu que não é um
político, mas um simples médico.
O novo presidente ainda pediu
tempo para colocar o governo em
ordem e afirmou que nunca foi
um conspirador, termo usado pelo presidente deposto, Lucio Gutiérrez, para qualificá-lo em algumas ocasiões. Palacio se declarou
democrata e afirmou que "jamais
violará a Constituição" e que a
dissolução do Congresso seria um
"ato ditatorial".
O novo presidente exerceu a
medicina e seguiu carreira universitária nos últimos 37 anos.
Nascido em Guayaquil -a maior
cidade do país, localizada a 275
km de Quito- , Palacio entrou
para a política no governo conservador do arquiteto Sixto Durán-Ballén (1992-96), quando foi diretor-geral do instituto estatal de
Previdência Social na província
de Guayas e ministro da Saúde.
Ele não admite que o tachem
como de esquerda nem de direita,
mas sustenta que "não teme a palavra "esquerdista", contanto que
se refira a alguém que deseje as
mudanças que o povo pede e de
que necessita".
Ao tomar posse como vice-presidente, Palacio ressaltou que aspirava ser um "grande transformador" de seu país. Também disse na ocasião que considerava Gutiérrez capaz de conduzir essa
transformação. No entanto, com
o passar do tempo, assumiu posições cada vez mais críticas ao governo de Gutiérrez, até o ponto de
dizer ontem que havia chegado "o
fim a ditadura".
Casado com María Paret Lértora e pai de quatro filhos, Palacio
gosta de ler e ouvir música.
Com agências internacionais
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