São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2005

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Brasileiro ferido será transferido para Reino Unido ou Alemanha

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O brasileiro ferido no último fim de semana no Iraque deve ser transferido nos próximos dias para um hospital na Inglaterra ou na Alemanha, onde continuará a receber tratamento, disse o Itamaraty. Atualmente, Luís Augusto Branco, 37, está internado no Hospital de Queimados Al-Babtain, na cidade do Kuait.
O brasileiro está consciente e sua condição é estável, mas necessita de tratamento para fraturas e poderá ser submetido a cirurgias plásticas por conta de queimaduras. Na quarta-feira, ele recebeu a visita do embaixador do Brasil no Kuait, Mário Roiter. Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira no Kuait vai continuar a prestar assistência ao brasileiro.
O comboio de segurança em que Branco estava foi atingido pela explosão de um carro-bomba quando se dirigia ao Aeroporto Internacional de Bagdá, no sábado. Dois colegas do brasileiro morreram, e outro foi ferido.
Ex-policial, Branco trabalhava para a empresa de segurança australiana Unity Resources Group, que disse que vai se responsabilizar pelas despesas médicas e de transporte do funcionário.
O Ministério das Relações Exteriores não soube dizer há quanto tempo Branco estava no Iraque, nem quantos brasileiros que se encontram naquele país atualmente. Como o Brasil fechou a embaixada em Bagdá em 1991, por causa da Guerra do Golfo, o Itamaraty tem solicitado às pessoas que viajam ao Iraque que avisem o ministério, em Brasília, ou se registrem no Núcleo Iraque que funciona em Amã, na Jordânia. No entanto, segundo o Itamaraty, os registros, na maior parte dos casos, não estão sendo feitos.

Família
A mãe do segurança, Áurea Negrão Branco, e o pai, Wilson Branco, disseram que embarcam hoje para o Kuait. No condomínio de classe média alta onde a empresária mora, em São José do Rio Preto (SP), foi grande a movimentação de parentes e amigos.
Transtornada, Áurea evitou falar com a imprensa. Em um dos breves contatos, disse que teve notícias do filho logo depois do atentado e que tem recebido apoio da Embaixada do Brasil no Kuait e do Itamaraty.
"Estou me preparando para partir o mais rapidamente possível para ficar com meu filho. Preciso ficar ao lado dele nesse momento", declarou.


(Colaboraram GISELI MARCHIOTE e EDUARDO DE OLIVEIRA, da Agência Folha em São José do Rio Preto)

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