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Brasileiro ferido será transferido para Reino Unido ou Alemanha
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O brasileiro ferido no último
fim de semana no Iraque deve ser
transferido nos próximos dias para um hospital na Inglaterra ou na
Alemanha, onde continuará a receber tratamento, disse o Itamaraty. Atualmente, Luís Augusto
Branco, 37, está internado no
Hospital de Queimados Al-Babtain, na cidade do Kuait.
O brasileiro está consciente e
sua condição é estável, mas necessita de tratamento para fraturas e
poderá ser submetido a cirurgias
plásticas por conta de queimaduras. Na quarta-feira, ele recebeu a
visita do embaixador do Brasil no
Kuait, Mário Roiter. Segundo o
Itamaraty, a embaixada brasileira
no Kuait vai continuar a prestar
assistência ao brasileiro.
O comboio de segurança em
que Branco estava foi atingido pela explosão de um carro-bomba
quando se dirigia ao Aeroporto
Internacional de Bagdá, no sábado. Dois colegas do brasileiro
morreram, e outro foi ferido.
Ex-policial, Branco trabalhava
para a empresa de segurança australiana Unity Resources Group,
que disse que vai se responsabilizar pelas despesas médicas e de
transporte do funcionário.
O Ministério das Relações Exteriores não soube dizer há quanto
tempo Branco estava no Iraque,
nem quantos brasileiros que se
encontram naquele país atualmente. Como o Brasil fechou a
embaixada em Bagdá em 1991,
por causa da Guerra do Golfo, o
Itamaraty tem solicitado às pessoas que viajam ao Iraque que
avisem o ministério, em Brasília,
ou se registrem no Núcleo Iraque
que funciona em Amã, na Jordânia. No entanto, segundo o Itamaraty, os registros, na maior parte
dos casos, não estão sendo feitos.
Família
A mãe do segurança, Áurea Negrão Branco, e o pai, Wilson Branco, disseram que embarcam hoje
para o Kuait. No condomínio de
classe média alta onde a empresária mora, em São José do Rio Preto (SP), foi grande a movimentação de parentes e amigos.
Transtornada, Áurea evitou falar com a imprensa. Em um dos
breves contatos, disse que teve
notícias do filho logo depois do
atentado e que tem recebido
apoio da Embaixada do Brasil no
Kuait e do Itamaraty.
"Estou me preparando para
partir o mais rapidamente possível para ficar com meu filho. Preciso ficar ao lado dele nesse momento", declarou.
(Colaboraram GISELI MARCHIOTE e EDUARDO DE OLIVEIRA, da Agência
Folha em São José do Rio Preto)
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