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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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Anistia acusa EUA de abusos "muitos severos"

DA REUTERS

A Anistia Internacional acusou ontem as tropas dos EUA de estarem cometendo abusos "muitos severos" contra os direitos humanos no Iraque e lamentou que tenha tido acesso negado a milhares de prisioneiros detidos sem mandado e em "condições humilhantes".
Segundo Judit Arenas Licea, porta-voz da organização, iraquianos têm sido forçados a permanecer sob sol escaldante por até 48 horas em centros de detenção que não apresentam instalações sanitárias adequadas. Segundo Licea, não é informado aos parentes o paradeiro dos detentos.
Um preso também teria sido morto pelas tropas norte-americanas durante um motim ocorrido no mês passado.
"Estamos decepcionados com o fato de que os direitos humanos tenham sido usados como desculpa para iniciar a guerra e de que, agora, os direitos humanos dos iraquianos estejam sendo violados", disse Licea.
Segundo a porta-voz, as autoridades dos EUA têm recusado sistematicamente os pedidos da organização para visitar as celas onde estão os detidos.
As autoridades militares norte-americanas não fizeram nenhum comentário sobre as declarações da porta-voz da Anistia Internacional.
Uma equipe britânica encarregada de fiscalizar o respeito aos direitos humanos está no Iraque tentando tomar depoimentos de pessoas que foram detidas pelas tropas dos EUA e, também, falar com aqueles que ainda estão presos.
A equipe também investiga abusos ocorridos sob o regime de Saddam Hussein, embora a maior parte dos detidos pelo ex-ditador já esteja livre.

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