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ESCALADA VERBAL
Ameaça do ministro da Defesa aumenta tensão no Oriente Médio; país é suspeito de produzir a bomba
Irã diz que ataca Israel se reator nuclear for atingido
DA REDAÇÃO
O ministro da Defesa do Irã, Ali
Shamkhani, declarou ontem que
seu país poderá lançar ataques
preventivos contra Israel para
proteger a integridade de suas
instalações nucleares.
"Não permaneceremos sentados e com as mãos atadas até que
alguém nos atinja", disse ele, em
entrevista à televisão Al Jazira, ao
ser indagado sobre de que forma
reagiria se os EUA ou Israel atacassem seus reatores atômicos.
"Qualquer ataque a nossas instalações será considerado como
uma agressão ao Irã e respondido
de modo conseqüente", afirmou.
As declarações ocorrem em
meio a rumores de que Israel poderá danificar os equipamentos
nucleares iranianos, a exemplo do
que fez com o Iraque, em 1981.
Segundo a agência Reuters,
muitos diplomatas e especialistas
em defesa acreditam que um possível ataque atrasaria, mas não
comprometeria definitivamente,
o programa atribuído ao Irã de
produzir artefatos nucleares.
Os EUA estão certos de que o Irã
tem propósitos bélicos, embora o
regime islâmico insista que pretende apenas produzir eletricidade com seus reatores.
O Reino Unido, a Alemanha e a
França se opõem por enquanto a
uma solução de força, que os EUA
já chegaram a cogitar.
Como o ministro iraniano se referiu a Israel, que supostamente
também possui ogivas nucleares
como forma de dissuadir seus vizinhos árabes da violação de seu
território, o episódio se tornou,
segundo a Associated Press, um
novo complicador regional.
Ainda de acordo com a AP, Israel não deseja uma escalada das
tensões. Mesmo assim, estaria
preparado para evitar que instalações nucleares iranianas pudessem produzir um artefato militar.
Embora não se acredite a curto
prazo em gestos hostis de lado a
lado, o Irã está numa escalada retórica, enquanto Israel procura
isolar diplomaticamente Teerã.
No início de agosto os iranianos
confirmaram estar construindo
centrifugadoras utilizadas para o
enriquecimento de urânio. À
AIEA, órgão da ONU para o controle e a fiscalização da energia
atômica, o Irã tem afirmado que
procura apenas produzir combustível para finalidades civis.
EUA e Israel testaram em julho
um míssil capaz de atingir o Irã.
Com agências internacionais
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