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ORIENTE MÉDIO
Retirada de Nablus e Ramallah encerra o primeiro momento da "guerra ao terror", diz premiê israelense
Sharon anuncia fim de primeira etapa
DA REDAÇÃO
Com a retirada israelense da
maior parte das cidades palestinas na Cisjordânia, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon,
disse ontem que a primeira fase
da "guerra ao terrorismo" estava
encerrada. A partir de agora, afirmou, novas táticas serão implementadas.
Israel desocupou Nablus, a
maior cidade palestina na Cisjordânia, ontem no início do dia, e
quase a totalidade de Ramallah.
Muitos palestinos foram para as
ruas comemorar a retirada israelense, em meio a escombros e
ruas destruídas na ofensiva iniciada no fim do mês passado.
Porém soldados israelenses
continuam presentes nos locais
mais voláteis dos territórios palestinos atualmente: o quartel-general do líder palestino Iasser Arafat
em Ramallah e a Igreja da Natividade em Belém, onde cerca de 200
palestinos e 50 clérigos estão refugiados.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, que fracassou ao
tentar negociar um cessar-fogo
durante sua visita ao Oriente Médio na semana passada, disse que
Israel deveria amenizar o confinamento de Arafat para dar ao líder
palestino a chance de exercer sua
autoridade.
Israel afirma que manterá o cerco ao quartel-general de Arafat
até quatro militantes palestinos,
acusados de terem matado um
ministro israelense em outubro,
serem entregues para as forças israelenses.
Assessores de Arafat dizem que
os acusados estão sob custódia da
ANP e serão julgados pela Justiça
palestina.
Dentro da Igreja da Natividade,
em Belém, a situação estava se
agravando, de acordo com um
dos clérigos refugiados lá dentro.
"Não há mais comida dentro da
igreja tanto para os palestinos como para os padres e freiras", disse
o frei Ibrahim. "A eletricidade é
intermitente e não há água corrente", afirmou.
Cinco palestinos se entregaram
ontem. Israel não soube dizer se
eram militantes ou apenas estavam confinados lá dentro. Já os
palestinos dizem que eram colaboradores de Israel.
Após mais de três semanas de
incursões israelenses em cidades
palestinas, Sharon afirmou que a
operação que visava militantes
palestinos "foi um sucesso".
"Creio que atingimos resultados notáveis. Mesmo assim, a
guerra contra o terrorismo continuará. Mas agora utilizaremos
métodos diferentes", disse.
O primeiro-ministro não deu
detalhes. Anteriormente, porém,
ele comentou que zonas de contenção poderiam ser criadas para
impedir que palestino atravessem
a fronteira da Cisjordânia com Israel. Atualmente os israelenses
mantêm uma grande rede de postos de controle e de postos de fiscalização que impede a maior
parte dos palestinos de entrar em
Israel.
No campo de refugiados de Qalandiya, nos arredores de Ramallah, o Exército de Israel prendeu
Nasser Abu Hmeid, 31, integrante
do Tanzim, braço armado do Fatah, grupo político de Arafat.
Considerado braço direito de
Marwan Barghouti, líder dos Tanzim e supostamente das Brigadas
dos Mártires de Al Aqsa, que foi
preso semana passada, Hmeid é
acusado por Israel de ter envolvimento em atentados contra israelenses.
Reconstrução
O governo dos EUA devem enviar 800 tendas para famílias desabrigadas, equipamentos para
purificar a água e kits de primeiro-socorros.
Com agências internacionais
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