|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MANIFESTAÇÃO JUDAICA
Líderes judaicos lamentam anti-semitismo e morte de civis palestinos e israelenses
Ato pela paz e em apoio a Israel reúne 9.000 em São Paulo
MARCELO STAROBINAS
DA REDAÇÃO
IURI DANTAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma manifestação pela paz no
Oriente Médio, contra o terrorismo e em apoio ao governo de
Israel reuniu ontem cerca de
9.000 pessoas em São Paulo, segundo dados da Polícia Militar.
O grande número de pessoas
que caminhou da avenida Faria
Lima (zona sul) até o clube A
Hebraica, superou as expectativas dos organizadores, que antecipavam a presença de 2.000.
"Israel, você não está só!", dizia uma faixa, resumindo o incômodo dos manifestantes com
o isolamento internacional israelense em razão da ação militar nos territórios palestinos.
"Essa passeata é feita em apoio
ao governo de Israel. Apoiamos
as suas ações contra o terrorismo", disse Natan Berger, presidente da Federação Israelita do
Estado de São Paulo (Fisesp),
entidade que convocou o evento. Apesar desse apoio, não havia referências nas faixas ao premiê israelense, Ariel Sharon.
"A incursão do Exército de Israel é um mal necessário, que visa derrotar os terroristas. Lamentamos a morte de civis [palestinos", tanto quanto a morte
de civis israelenses nos ataques
suicidas", completou Berger.
O cônsul-geral de Israel em
São Paulo, Medad Medina, afirmou: "estamos fazendo o máximo para não matar civis".
Os líderes presentes condenaram o aumento no número de
agressões anti-semitas no mundo. Não houve casos do gênero
em São Paulo, embora uma sinagoga e a casa de um rabino do
Rio de Janeiro tenham sido vandalizadas nas últimas semanas.
A passeata contou com intenso esquema de segurança. Homens filmavam e fotogravam a
ação, rostos e identificações de
jornalistas presentes no local.
Logo na concentração, na altura do número 1.713 da avenida
Faria Lima (zona sul), um italiano tentou desfraldar uma bandeira palestina, mas foi impedido por policiais. Ao final da manifestação, Marília Hess, do Comitê de Solidariedade ao Povo
Palestino, aguardava na porta
do clube A Hebraica com bandeiras de Israel e da Palestina.
"Nós judeus e judias pedimos
que a comunidade hebraica brasileira apóie uma coalização para paz em Israel", disse.
Há entre 60 mil e 70 mil judeus
em São Paulo, segundo a Fisesp
e 140 mil em todo o Brasil.
Texto Anterior: Oriente Médio: Sharon anuncia fim de primeira etapa Próximo Texto: Diplomacia: José Bustani pode ser destituído hoje da direção-geral da Opaq Índice
|