São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004

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Deserção iraquiana e desistência de aliados fragilizam a coalizão

DA REDAÇÃO

Pelo menos 10% dos membros das novas forças iraquianas estão lutando contra os EUA, e quatro em cada dez deles já desertaram por causa da campanha de intimidação promovida pela insurgência iraquiana -na qual se inclui o atentado de ontem. A afirmação foi feita pelo comandante da 1ª Divisão Blindada no Iraque, responsável pela segurança em Bagdá, general Martin Dempsey.
"Temos de controlar esse último surto de violência e temos de olhar para esses membros das forças de segurança e entender por qual razão eles desertam", disse o general. "Afinal, haverá um ponto em que, independentemente de quão bem façamos nosso trabalho, nossa presença militar não será mais aceita."
Além da fragilidade das forças iraquianas, os EUA têm se visto obrigados a lidarem com ameaças de ruptura dentro de sua própria coalizão ocupante.
Ontem, foi a vez de a Polônia -que coordena uma força composta por mais de 9.000 militares estrangeiros atuante na região central do país e enviou 2.400 soldados ao Iraque- dizer que está reconsiderando sua posição.
O premiê Leszek Miller, que deixa o cargo em maio, disse que reconsidera o destacamento, mas não tomaria uma decisão abrupta. "Não dá para nos fazermos de cegos quanto ao fato de a Espanha e outros saírem do Iraque", disse. "Não posso dizer quando sairemos do país, mas o novo premiê deve ser mais preciso."
O novo premiê espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, começou nesta semana a retirar seus 1.300 militares do Iraque. Honduras (370 homens) e República Dominicana (300), cujas tropas estavam sob comando espanhol, seguiram a decisão. Já El Salvador disse manterá suas tropas por ora.


Com agências internacionais

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