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Deserção iraquiana e desistência de aliados fragilizam a coalizão
DA REDAÇÃO
Pelo menos 10% dos membros
das novas forças iraquianas estão
lutando contra os EUA, e quatro
em cada dez deles já desertaram
por causa da campanha de intimidação promovida pela insurgência iraquiana -na qual se inclui o
atentado de ontem. A afirmação
foi feita pelo comandante da 1ª
Divisão Blindada no Iraque, responsável pela segurança em Bagdá, general Martin Dempsey.
"Temos de controlar esse último surto de violência e temos de
olhar para esses membros das forças de segurança e entender por
qual razão eles desertam", disse o
general. "Afinal, haverá um ponto
em que, independentemente de
quão bem façamos nosso trabalho, nossa presença militar não
será mais aceita."
Além da fragilidade das forças
iraquianas, os EUA têm se visto
obrigados a lidarem com ameaças
de ruptura dentro de sua própria
coalizão ocupante.
Ontem, foi a vez de a Polônia
-que coordena uma força composta por mais de 9.000 militares
estrangeiros atuante na região
central do país e enviou 2.400 soldados ao Iraque- dizer que está
reconsiderando sua posição.
O premiê Leszek Miller, que
deixa o cargo em maio, disse que
reconsidera o destacamento, mas
não tomaria uma decisão abrupta. "Não dá para nos fazermos de
cegos quanto ao fato de a Espanha
e outros saírem do Iraque", disse.
"Não posso dizer quando sairemos do país, mas o novo premiê
deve ser mais preciso."
O novo premiê espanhol, José
Luís Rodríguez Zapatero, começou nesta semana a retirar seus
1.300 militares do Iraque. Honduras (370 homens) e República Dominicana (300), cujas tropas estavam sob comando espanhol, seguiram a decisão. Já El Salvador
disse manterá suas tropas por ora.
Com agências internacionais
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