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EUA prevêem usar mais soldados
e dinheiro para manter ocupação
DA REDAÇÃO
O chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas dos EUA, general Richard Myers, afirmou ontem que a operação militar no Iraque "vai custar mais dinheiro" do
que o esperado devido à decisão
de prolongar por 90 dias a permanência de 20 mil soldados.
No Congresso, senadores já discutem a possibilidade de tornar o
serviço militar novamente obrigatório para garantir a manutenção ou o aumento do número de
soldados no país ocupado.
Myers calcula em US$ 700 milhões o custo extra com a manutenção dos 20 mil militares que
deveriam receber baixa. Até agora, a decisão de invadir o Iraque
consumiu mais de US$ 240 bilhões dos EUA, incluindo os gastos militares e a reconstrução.
O governo já trabalha com a hipótese de um estouro de US$ 4 bilhões no orçamento do Pentágono até meados do ano.
O secretário da Defesa, Donald
Rumsfeld, disse que o Pentágono
está fazendo planos para o caso de
o comando militar pedir o envio
de mais soldados, além dos 135
mil que já estão no Iraque. "Estamos considerando isso? Não. Mas
nos preparamos para isso? Pode
apostar", afirmou Rumsfeld.
Os senadores Joe Biden (democrata) e Chuck Hagel (republicano)- pediram que o governo
apresentasse uma estimativa dos
gastos futuros no Iraque. A Casa
Branca reluta em fazer isso por temer reflexos na campanha de reeleição de George W. Bush.
"Eles não pediram um único
centavo para Afeganistão e Iraque
para o próximo ano [fiscal]", afirmou Biden. "O governo faria bem
em se manifestar agora, ser honesto a respeito disso. Todos sabem que custará de US$ 50 bilhões a US$ 75 bilhões em dinheiro adicional para ficarmos no Iraque neste ano", disse Hagel.
Com agências internacionais
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