São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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Irã é pivô do terror, acusam EUA

DA REDAÇÃO

Depois de um ano marcado pelos atentados mais espetaculares da história, o Departamento de Estado dos EUA divulgou seu relatório anual "Padrões do Terrorismo Global", versão 2001, acusando o Irã de ser o Estado que mais apóia o terrorismo.
A América Latina também ganha seu "destaque", graças aos sequestros na Colômbia -tidos como ações para financiamento do terror- e a atividades na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
O relatório serve de base para as políticas americanas em relação a cada país. Quem não demonstrar comprometimento com o "esforço internacional contra o terror" pode sofrer uma das piores repostas de Washington: a retaliação econômica.
Figurar na lista de financiadores do terrorismo implica proibição de assistência econômica americana e a imposição de diversas sanções, entre elas a oposição dos EUA a quaisquer empréstimos no Banco Mundial ou em outras instituições internacionais -o que, na prática, significa o veto a empréstimos.
Sete países continuam na lista do apoio ao terror: Irã, Cuba, Iraque, Líbia, Coréia do Norte, Sudão e Síria.
Os governos da América Latina foram, em geral, classificados como cooperativos. Citando o relatório, a região de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai ganhou "proeminência" por causa de atividades dentro da comunidade árabe para financiar grupos extremistas como Hamas e Hizbollah.
Um trecho indica divergências de critérios sobre o que é terror: uma bomba explodida num McDonald's do Rio de Janeiro em outubro foi citada como ataque classificável como terrorista. Para as autoridades brasileiras, foi vandalismo de extremistas antiglobalização.
Segundo o relatório, houve 4.655 mortes causadas por ações consideradas terroristas no mundo (levando-se em conta o número não oficial de 3.000 mortos no World Trade Center).



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