DA REDAÇÃO

O nível de aprovação da administração do presidente dos EUA, George W. Bush, caiu para 53% entre os americanos, número sete pontos percentuais inferior ao do mês de março e o mais baixo desde que ele assumiu a Presidência, em 20 de janeiro, de acordo com uma pesquisa publicada ontem no diário "The New York Times".
Cerca de 52% dos entrevistados afirmaram confiar na capacidade do presidente para enfrentar uma eventual crise internacional. Mas 44% disseram não acreditar que Bush seja respeitado por líderes políticos estrangeiros.
A pesquisa, realizada em colaboração com a rede de televisão CBS, foi feita durante a viagem de Bush à Europa, na semana passada, e nos dois primeiros dias após seu retorno aos EUA.
Esses resultados devem ser ainda mais desagradáveis para a Casa Branca porque a viagem de Bush à Europa foi considerada um sucesso pela atual administração.
A pesquisa mostra que a aprovação popular do trabalho do presidente, tanto em questões internas quanto em política externa, diminuiu consideravelmente no país. Além disso, a popularidade de Bush caiu a seu nível mais baixo desde abril do ano passado, quando ele foi derrotado pelo senador John McCain em uma das primeiras primárias do Partido Republicano.
Por volta de 34% dos consultados afirmaram desaprovar o trabalho de Bush como presidente. No mês passado, 30% dos americanos tinham essa opinião. Além disso, mais de 55% disseram ser contrários à política energética do atual governo. O modo como a crise energética tem sido tratada pela Casa Branca é alvo da maior campanha de relações públicas da administração de Bush até agora.
Contudo mais de 60% dos americanos acreditam que o governo venha dando tanta importância à crise energética para oferecer às empresas do setor a possibilidade de cobrar mais por seus serviços.
Somente 39% aprovaram o modo como Bush lida com assuntos relacionados ao ambiente. O "The New York Times" salienta que a desaprovação dos americanos se concentra em prioridades de Bush, como o corte de impostos (US$ 1,35 trilhão em 11 anos).
Cerca de 50% dos entrevistados afirmaram não acreditar que a redução de impostos venha a ajudar a economia americana. Além disso, 57% disseram que seu governo favorece os ricos.